Na década de 1950, em nossa cidade, os padres jesuítas do Colégio Anchieta, no domingo mais próximo ao dia 21 de junho, promoviam uma bela festividade, em honra de São Luís Gonzaga.
Era uma concorrida procissão que partia do referido colégio, na Rua General Osório, abrilhantada pelas Bandas Euterpe e Campesina, chegando à Matriz (hoje, Catedral) de São João Batista, com a participação de seus seminaristas e alunos, das alunas do Colégio Nossa Senhora das Dores, dos estudantes do Colégio Modelo, do Cêfel e de demais colégios.
Além do andor, com a imagem do santo, um adolescente, em trajes de príncipe, representava a origem de Luís Gonzaga que nasceu em 9 de março de 1568, na Corte de Castiglione dele Stivieri, Itália, numa família nobre do Sacro Império Romano Germânico. Era filho primogênito de Marta Tana di Santena e de Ferrante Gonzaga, Marquês de Castiglione.
Como herdeiro do título de família, seu pai queria que ele seguisse a carreira militar, mas sentiu o chamado da vocação religiosa, ingressando na Companhia de Jesus, onde se dedicava aos trabalhos mais humildes
No ano de 1590, por motivo de estudos, teve de ir a Roma, onde uma grave epidemia se espalhava pela cidade. Compadeceu-se dos que sofriam, entregando-se à caridade. Cuidando das vítimas ele se contaminou, e a doença lhe tirou a vida, aos 23 anos de idade.
Foi canonizado, em 1726, pelo Papa Bento XIII, sendo proclamado “Patrono da Juventude”.
Após tantas décadas transcorridas, todos os anos, quando o calendário assinala a data 21 de junho, uma das quadrinhas cantadas, na procissão, sempre me vem à memória:
“Ó São Luís, Patrono da nossa Juventude/ modelo de virtude/ qual serafim celeste”.
