E-mails quase mudaram (e podem ainda influenciar) a eleição dos Estados Unidos

18/10/2016 17:53:21
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Agora que já acabaram todos os grandes eventos no Brasil, e até o primeiro turno das eleições municipais, o brasileiro dirigirá sua atenção para o que mais lhe aflige no momento: as eleições presidenciais…. dos Estados Unidos.

Como todos sabem, a Hillary Clinton está disputando a presidência dos EUA contra Donald Trump. O que talvez nem todos saibam é que por muito pouco essa disputa não contou com outro candidato pelo partido Democrata.

Dois fatos relacionados a e-mail quase impediram esse cenário atual, e ainda podem trazer muito desgaste para a candidata, que já entrou para a história por ser a primeira candidata mulher à presidência daquele país.

O primeiro fato foi ela usar o e-mail pessoal para trabalho enquanto era chefe da diplomacia no governo Barack Obama. Parece algo sem importância, mas os Estados Unidos sabem como ninguém o quanto vale a segurança da informação. Não foi à toa que espionaram o mundo todo, alegando que era para combater o terrorismo. É claro que se alguém tivesse acesso aos e-mails da chefe da diplomacia da maior potência econômica mundial poderia tirar muito proveito disso.

Além da segurança duvidosa do provedor que ela usou, há também o fato do governo exigir ter acesso ao conteúdo dos e-mails profissionais por questão de histórico e de possíveis investigações. Isso tudo fez com que o FBI analisasse o caso, alegando que Hillary Clinton foi extremamente imprudente. Para sorte dela, o órgão resolveu não denunciá-la judicialmente. Ela poderia ter sido impedida de participar do processo eleitoral, e hoje teríamos Bernie Sanders, que se diz socialista, como concorrente à Casa Branca.

O segundo fato foi uma invasão à rede usada na campanha da candidata, ocasionando em um roubo de e-mails trocados por integrantes do Partido Democrata. O fruto do roubo está sendo divulgado paulatinamente pelo Wikileaks.

Os democratas acusam os russos dessa operação. Acham que o presidente Putin tem interesse em prejudicar a campanha, ajudando assim Donald Trump. Alguns e-mails davam a entender que o partido Democrata estava favorecendo a Hillary Clinton na disputa contra o seu concorrente Bernie Sanders, e isso acabou ocasionando a renúncia da presidente do partido.

Em outros e-mails vazados, assessores da candidata zombam de hispânicos e católicos, chamando-os de “pedintes”.

O que mais deve estar assustando o Partido Democrata é não saber exatamente o que ainda pode aparecer. Quem sabe até venha a público algo que inviabilize totalmente sua candidatura? Aconteceria o que o mundo inteiro, no fundo, tem medo: Trump presidente.

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