Filme da semana de 03/07 a 09/07

05/07/2025 11:05:56
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A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Jurassic World: Recomeço. Essa é uma das franquias mais icônicas do cinema. Este filme inicia cinco anos após Dominion, com a redução drástica de dinossauros vivendo em áreas protegidas principalmente em regiões tropicais fechadas. No enredo uma especialista em operações secretas lidera uma missão para extrair material genético de três dinossauros primordiais para desenvolver uma droga com potencial medicinal. A narrativa mergulha em uma ilha remota (possivelmente a do parque original), onde Zora e sua equipe encontram dinossauros geneticamente modificados, incluindo um novo predador chamado Mutadon, e enfrentam perigos tanto naturais quanto humanos. Os efeitos visuais continuam sendo um dos pilares da franquia apesar de cenários menos trabalhados. O roteiro de David Koepp acerta ao resgatar o tom de suspense e aventura clássica. A estrutura é mais enxuta, com motivações claras e progressão consistente. No entanto, ainda existem algumas conveniências narrativas e personagens secundários subaproveitados. Os dilemas sobre a ética de usar seres vivos sencientes como recurso biológico segue forte e presente. No elenco, Scarlett Johansson conduz o protagonismo com uma interpretação contida, refletindo a complexidade de decisões difíceis em situações de alta pressão. Jonathan Bailey e Mahershala Ali apresentam performances alinhadas ao tom do filme, embora muitos dos personagens secundários recebam pouco desenvolvimento, limitando o impacto narrativo. Jurassic World: Recomeço opta por não reinventar a roda, mas é um passo significativo na direção certa para um universo que parecia ter perdido seu rumo. É uma tentativa de realinhar a franquia com suas raízes. É um esforço para reconectar os fãs com a magia e o perigo que tornaram Jurassic Park um fenômeno. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

Sugestão: A dica desta semana para assistir em casa vai para Sandman. A série chega a segunda temporada na Netflix e mantém a aura onírica e sombria que aprofunda o universo criado por Neil Gaiman com mais ousadia narrativa. Os episódios exploram temas existenciais e mitológicos com uma estética impecável, ainda que, em alguns momentos, o ritmo contemplativo pese sobre a fluidez da trama. Morpheus segue dividido entre dever e humanidade, enquanto novos personagens ampliam o escopo emocional da série. Visualmente deslumbrante e filosoficamente densa, a nova temporada reafirma o potencial de Sandman como uma das adaptações mais sofisticadas dos quadrinhos.

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