A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é O Exorcismo. Uma boa ideia inspirada em uma lenda urbana em que eventos sombrios ocorreram durante as gravações de filmes como O Exorcista de William Friedkin ou Poltergeist, para realizar uma obra que remete aos clássicos, mas com um drama atual para se conectar com o público. O enredo é sobre um ator em decadência e com problemas de relacionamento com sua filha e, ao aceitar um papel em um remake de O Exorcista, forças sobrenaturais tomam conta de sua sanidade e tudo começa a sair do aparente controle. Esse é um projeto que tenta surfar a onda de O Exorcista do Papa, estrelado por Russell Crowe que obteve certo sucesso dentro do seu gênero. Ao ver que Crowe tinha potencial para alavancar esse seguimento, resolveram tirar do armário essa ideia e tentar alcançar um bom resultado. O problema está no roteiro de Joshua John Miller e M.A. Fortin, que também dirigiram o filme, ao tentar abraçar diversos públicos, mas sem conseguir entregar uma boa comunicação. São elementos do drama e suspense, misturados com jump scare e outros artifícios do terror atual. Além disso, certamente devido a um orçamento modesto, a maquiagem é pobre e pouco aproveitada, sendo necessário ajustes digitais, o que só piorou. No elenco temos além de Russell Crowe, Sam Worthington, Samantha Mathis, David Hyde Pierce e Adam Goldberg, entre outros. Enquanto Crowe faz sempre um trabalho competente, os demais não têm qualquer espaço para desenvolver seus personagens. É um filme interessante, usa um arco para desenvolver o protagonista e um segundo para chegar ao terror, mas mal executado, com algumas cenas até constrangedoras. Inicialmente, estava programado para ir direto para o Streaming, mas acabou entrando no circuito por conta de um buraco na grade. Ainda assim, para quem gosta de terror e viu o original de 1973, afinal, são muitas as referências, vale o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 16 anos.
Sugestão: A dica desta semana para assistir em casa vai para Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão. Esse é um documentário de 2010 que entra na grade da Netflix neste ano que chegamos a trinta anos da morte de um dos maiores ídolos do automobilismo. Dramático e revelador, o documentário conta um pouco da carreira de um dos maiores heróis do Brasil.
