Filmes da semana de 05/05 à 11/05

07/05/2022 13:43:37
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Estreia esta semana o aguardado Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Muita expectativa foi criada para este filme principalmente após as participações do Doutor estranho no Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. A Marvel aprendeu bem a fórmula para desenvolver esse universo de heróis, a costurar os personagens e segue sua cartilha mais uma vez nessa produção. O problema maior é que muitas vezes ficamos com a sensação de que o diretor não teve liberdade ou que algo aconteceu na edição. O roteiro é criativo, mas raso no desenvolvimento da ação narrativa. São situações criadas o tempo todo com pequenas soluções para fazer a trama andar e na maioria das vezes, não tem relação direta com desenvolvimento do enredo. Outro problema, é a quantidade gigantesca de CGI. É tudo cenário e muito digital. Aos poucos vai incomodando e tem momentos que parece que estamos vendo uma historinha introdutória de um game, de tão artificial que tudo se apresenta. O filme não é ruim, na verdade tem muitos pontos fortes. O elenco, por exemplo, é ótimo com Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Chiwetel Ejiofor, Benedict Wong e Xochitl Gomez, entre muitos. É bom quando vemos Cumberbatch e Olsen em cena, o filme cresce apesar de tanto efeito digital. Não posso deixar de citar que a direção é de Sam Raimi, de quem sempre se espera bons trabalhos, mas que nitidamente precisou lidar com limites. Importante também exaltar a criatividade do roteiro, afinal são múltiplos universos e composições infinitas. A trilha sonora é de Danny Elfman que infelizmente segue sem acertar, criando peças genéricas sem o brilho que costumava a ter. Essa continuação de Doctor Strange é confusa e tenta ser maior do que consegue entregar. Vai agradar aos fãs, mas está bem aquém dos últimos lançamentos do Universo Marvel. Como sempre, são duas cenas pós-créditos, só para avisar. Vale o ingresso pelo visual e indicação etária é para maiores de 14 anos. 

A outra estreia desta semana é Downton Abbey II: Uma Nova Era. Baseado na série de grande sucesso com seis temporadas e diversos prêmios entre eles o Globo de Ouro e alguns Emmys, o primeiro filme chegou e, 2019 e obteve números impressionantes, com um custo de produção de 85,3 milhões de reais e um retorno de quase 800 milhões, era certo que uma sequência estava por vir. Confesso que não sou um fã da série, mas é bom ver uma produção de época tão detalhista. O enredo tem basicamente dois plots diferentes, como dois episódios amarrados para virar um filme. Na primeira trama, Violet Crawley descobre que herdou uma vila no sul da França de um relacionamento antigo o que cria um mistério e muita especulação, na outra trama, para consertar o telhado da mansão, eles permitem que um filme seja feito usando as locações da propriedade, o que muda a rotina despertando conflitos e muita controvérsia. O elenco já é bem conhecido com Michelle Dockery, Hugh Bonneville, Allen Leech, Elizabeth McGovern, Laura Carmichael, entre muitos, mas o destaque é todo para Maggie Smith. Como é bom vê-la atuando. Com 87 anos é uma inspiração a forma como ela se dedica e demonstra inspiração para a personagem. Downton Abbey II e um filme leve, bem dirigido e com diálogos inteligentes. Utiliza a história, como fazia na série, como pano de fundo, nesse caso, foi a transição do cinema mudo para o falado. Existem problemas com a quantidade excessiva de personagens, assim como o roteiro que não consegue amarrar bem os dois núcleos narrativos. Apesar de ser mais direcionado aos fãs da série, o filme faz bem o que se propõe e esbanja elegância e o bom humor britânico, com um figurino e design de produção impecável. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos. 

Sugestão: Para assistir em casa, esta semana a dica vai para Os Opostos Sempre Se Atraem. Recém-chegado ao catálogo da Netflix essa produção segue a fórmula já tão utilizada de estimular a comédia pelo contraste. Estrelado por Omar Sy e Laurent Lafitte, o filme é bem-intencionado e apesar de apelativo em muitos momentos, o resultado é positivo, principalmente pelos diálogos e carisma dos atores. Leve para assistir e crítico com o momento atual francês. 

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