Filmes da semana de 07/07 à 13/07

09/07/2022 12:57:39
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A única estreia desta semana é o aguardado Thor: Amor e Trovão. A Marvel vem a algum tempo buscando novas fórmulas para desenvolver seus filmes e conseguiu fazer isso em Thor: Ragnarok trazendo uma comédia escrachada debochando dos heróis que, em muitos casos, é mesmo um universo boboloide, com Deuses sarados e situações absurdas. Taika Waititi é um diretor que sempre demonstrou sensibilidade, criatividade e bom timing para o humor, e está de volta para tentar reforçar essa narrativa despretensiosa nas produções da Marvel. O problema é que tudo indica que ele não teve desta vez, o controle das ações e o filme parece que foi tão recortado, que as sequências não encaixam. São alguns momentos dramaticamente fortes, muita piada, e uma tentativa de romance que não convence. Outro problema é a tela verde que predomina e incomoda, assim como os efeitos de CGI que também não estão no mesmo nível de outras produções como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. O enredo é simples ao apresentar um vilão que após uma desilusão com um Deus, vira um exterminador de Deuses e nada além disso. O elenco é impressionante com nomes como Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christian Bale, Tessa Thompson, Chris Pratt, Russell Crowe, Melissa McCarthy, Matt Damon e Jaimie Alexander, só para citar alguns. Estão todos no automático e só Bale consegue entregar algo melhor nos momentos de drama. Um exemplo é o romance entre Jane e Thor que parece que não possui qualquer química e Natalie Portman, parece que não sabe bem o que ela está fazendo ali na maioria das cenas. O importante é que o filme é divertido e com o fundo musical repleto de Guns N’ Roses. Tem até Rainbow In The Dark do Dio nos créditos finais. A verdade é que independente do trabalho de Taika Waititi, a engrenagem da Marvel dita a narrativa e engessa o filme. É como certa vez ouvi em uma reunião quando uma pessoa disse que tinha uma ideia para o projeto e foi interrompido pelo executivo que disse: “você pode ter a ideia que quiser e isso é bom, mas faz exatamente como eu mandei”. Isso acontece por conta do dinheiro e nesta produção, parece que falou mais alto. Bons atores em papeis bobos e sem empenho, uma insistência para o romance, uma redenção rasa, e muito barulho para pouco resultado. Claro que tem cenas pós-créditos e ainda assim vale o ingresso. A indicação etária é para maiores de 14 anos. 

Sugestão: A dica desta semana para assistir em casa vai para Arremessando Alto. Recente no catálogo da Netflix, no filme Adam Sandler faz o papel de um caça talentos depressivo que ao encontrar um talento do basquete, faz uma jornada de superação para a sua própria vida. É mais um belo trabalho do diretor Jeremiah Zagar que é pouco conhecido no Brasil e que busca um olhar original com fortes influências naturalistas, dando uma estética diferenciada a essa produção. É um dos melhores trabalhos de Adam Sandler nos últimos anos que mais uma vez demonstra muita habilidade com papeis dramáticos. É um filme acima do oceano de produções medianas no catálogo do serviço de streaming.  

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