A única estreia desta semana é Maligno. Um nome se destaca nesta produção e revela antecipadamente o que podemos esperar deste filme. James Wan tem um vasto catálogo de filmes como Jogos Mortais, Sobrenatural, Sobrenatural 2, Invocação do Mal, Invocação do Mal 2, Velozes e Furiosos 7 e Aquaman, só para citar alguns. O interessante é que Wan faz uma miscelânia de formatos dentro de uma mesma produção usando estéticas desde o trash, até mesmo composições complexas tanto pela fotografia, cenário e deslocamentos da câmera. Tudo isso faz parte de um quebra-cabeça que só se revela ao final do filme. São muitos os estilos o que revelam um diretor experiente e com liberdade criativa. Não há como descrever o enredo sem dar spoilers e o ideal é que você veja o filme mesmo antes de qualquer informação. Destaque para a ótima atuação de Annabelle Wallis que foi muito bem aproveitada por James Wan através de sequências e movimentos da câmera, ou mesmo com ângulos ou o zoom. O filme chega aos cinemas assim como ao catálogo da HBO Max, e é incompreensível como a Warner praticamente nada faz para divulgar essa produção. Independente disso, é um ótimo terror que tem problemas ao costurar o roteiro e pode não agradar a todos por conta da base trash, mas isso não tira os méritos e a competência de James Wan ao entregar um filme que possui muitos acertos e vai certamente marcar a quem assistir. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
Sugestão: A dica para assistir em casa esta semana vai para Quanto Vale? Filme disponível na Netflix tem Michael Keaton como um “vilão” que não esboça qualquer emoção diante de um tema tão complexo como a precificação da vida humana. O momento se passa logo após os ataques de 11 de setembro de 2001. O filme trabalha com a frieza dos números e como temas tão difíceis são tratados no meio jurídico. Um pouco arrastado, mas Keaton faz valer a pena.
