Filmes da semana de 17/09 até 23/09

19/09/2021 20:23:46
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Estreia esta semana em Nova Friburgo Mate ou Morra. Esse é um daqueles filmes que tem uma ótima ideia, uma estética própria que mistura humor com ação e ainda conta a tradicional jornada do herói, que tanto funciona nos roteiros. O enredo é sobre um policial aposentado que está preso no mesmo dia e, independente do que faça, ele vai ser morto por alguém. O jogo aqui é descobrir o que está acontecendo e como ele pode escapar dessa armadilha do tempo. O experiente diretor Joe Carnahan sabe bem como fazer piada com situações inusitadas em contraponto com cenas de ação que não se levam a sério. Frank Grillo mostra mais uma vez seu lado bad boy e carrega o filme sozinho, dividindo a tela em alguns bons momentos com Naomi Watts, Mel Gibson e ken jeong. Todos os personagens são caricatos e esse é o objetivo. Selina Lo, por exemplo, interpreta uma assassina que parece ter saído do videogame Mortal Kombat. O resultado é muito bom. Joe Carnahan sabe exatamente o que fazer e o roteiro se desenvolve em arcos que entregam aos poucos as soluções mesmo que exija muito esforço do protagonista. A dição é um dos pontos fortes. Não chega a ter um final surpreendente, mas o conjunto é interessante, principalmente se imaginarmos o que faríamos nesta situação. Não é como em Feitiço do Tempo que Bill Murray podia fazer o que quisesse. Nesta produção Frank Grillo já acorda levando bala. Divertido, intenso e com uma premissa inteligente, vale muito o ingresso, mas é importante dizer que o filme tem um segmento de público específico. Vale ver o trailer antes e a indicação etária e para maiores de 16 anos. 

A outra estreia desta semana é para Escape Room 2: Tensão Máxima. Continuação do longa de 2019, essa era uma sequência aguardada, visto que o primeiro filme custou 9 milhões e faturou mais de 100 milhões de dólares. O enredo é sobre jovens que são aprisionados em armadilhas mortais, mas que através de um jogo de deduções com pistas deixadas, podem escapar, saltando de um nível para outro, como em um videogame. O grande desafio do roteiro é tentar trazer algo de novo para esta sequência e o que vemos é que o interesse mesmo é sempre em relação ao jogo como no original. As personagens não são bem desenvolvidas, o que diminui muito a carga dramática do filme. São muitos efeitos visual, mas em grande parte não funcionam bem, como na cena da locação na praia em que a areia engole as pessoas. Uma questão interessante é o resumo que vemos logo no início, como se fosse uma série. Esse é um recurso tão raro em uma produção cinematográfica que não me lembro de ter visto anteriormente. O grande problema do filme é que as armadilhas são grandiosas, mas as soluções ocorrem no último minuto e muitas vezes de forma simplória. Em alguns momentos o roteiro força a barra para estigmatizar um personagem, como no início na cena da sauna, mas em outros é frouxo para entregar ao público um cenário mais completo do quebra-cabeça. Taylor Russell comanda o elenco que não tem muito o que fazer com personagens tão rasos. O resultado é uma sequência mais perdida, sem novidades e querendo ser apenas visualmente maior do que o primeiro filme. Não é ruim, mas tem muitos problemas, principalmente no roteiro. Vale o ingresso só mesmo para quem gosta de entretenimento sem conteúdo. A indicação etária é para maiores de 14 anos 

Sugestão: Para assistir em casa a dica desta semana vai para Losers. Série documental que chegou no catálogo da Netflix, ela mostra a luta de pessoas reais que dedicaram muito tempo e esforço, mas que não conseguiram obter o resultado que desejavam. O interessante é entender que derrotas e vitórias fazem parte de uma jornada e que em ambos os casos, temos lados positivos e negativos. Destaque para a bela história da Surya Bonaly que quebrou barreiras na patinação artística. 

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