Olhar para o céu

26/09/2017 11:15:40
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Olhar para o céu 1
Pois é, o mundo não acabou no sábado! O alinhamento de 23 de setembro, muito divulgado na internet aconteceu sem tragédias e catástrofes. Quem quiser saber mais sobre o tema entre no link http://pensopositivo.com.br/23-de-setembro-de-2017-alinhamento-planetario-fim-da-escuridao/ O fato é que, previsões catastróficas e invasões extraterrestres à parte, trata-se de um evento astronômico concreto do qual a astrologia se apropria para suas confabulações simbólicas. O importante é que o planeta Júpiter entrou no ventre da constelação de Virgem e de lá saiu, como num autêntico nascimento, no sábado 23. Sendo Virgem feminina e Júpiter o rei do Zodíaco, podemos pensar num evento que nos traz uma nova organização cheia de luz e proteção. Tudo que nosso planeta precisa agora! Portanto, não tem nenhuma correlação com escuridão, colisão de planetas e outras bobagens sendo ditas por aí. Significa sim, mudanças profundas e todas as turbulências que elas nos trazem. Uma derrubada do status quo planetário, não é coisa pequena. Minha sugestão é alinhar nossa energia a essa efeméride repleta de estrelas e energias cósmicas e mentalizar paz, harmonia e ascensão para nossas almas. As transformações vêm de dentro para fora. O astral nos dá algumas ajudas e esta que vivemos no dia 23 é potente.

Olhar para o céu 2
Perdi mais um cachorrinho. Desta vez ele não era só meu. Herdei o bichinho de minha mãe, há dois anos, quando ela também se foi. Éramos amigos de longas datas, pois estive com ele e suas proprietárias – mãe e irmã -, desde o canil de origem. Dalai. Nome de santidade. Mas ele foi logo avisando que de santo não tinha nada. Pintou e bordou com as duas, foi mimado e estragado. Quando veio para Friburgo mostrei quem era o chefe da matilha e ele entendeu tudo direitinho. Mimos e estragos ficaram para trás e a santidade sobrepujou o delinquente. Chegou velhinho – 13 anos – e deu muito trabalho em sua velhice. Ganhou amiguinhos infantis que adorava. Recebeu amor incondicional de minha parte até o fim. Foi meu companheiro, amigo fiel, como só os cães sabem ser. A dor de perder um cão – que já conhecia, pois sempre os tive -, dessa vez foi aumentada pelas memórias que ele me trazia. Era um pedacinho de minha mãe e irmã que eu cuidava, acarinhava e, de certa forma, perpetuava. Sua ausência me trouxe várias perdas. Um luto que vai demorar até que eu consiga olhar para o céu e encontrar minha nova estrelinha.

Olhar para o céu 3
Há vinte e quatro anos tomei a decisão mais difícil de minha vida. Mudei para Friburgo com meu (ex) marido e três filhos adolescentes, sem ter nada de certo por aqui. Olhei para o céu vi as montanhas e parti. Hoje me sinto Friburguense. Foi uma jornada difícil, mas ultrapassei os obstáculos e venci. Aqui tenho meus filhos, netos e genros. Fiz amigos muito especiais. Iniciei a carreira acadêmica na Universidade Estácio de Sá, sem abandonar o jornalismo que hoje ensino com amor aos meus alunos. Continuei estudando as práticas holísticas e tenho um público fiel que cresce a cada dia. Cuido de minha espiritualidade nesta cidade abençoada por uma energia, clima e um visual excepcionais. Digo tudo isso para reafirmar a minha escolha de sair do Rio, no momento em que minha cidade de origem vive o caos da violência e falta de comando – um dos principais motivos que me afastou de lá. Nunca, nunca mesmo, imaginei que o que se iniciava em 93 – matanças das crianças da candelária e chacina de vigário geral –, entre outras atrocidades, poderia desaguar no que temos acompanhado pela mídia. Olhei para o céu, vi novamente as montanhas e me agradeci por decisão tão acertada.

Daqui desejo: boa sorte Rio de Janeiro!

Cristina Gurjão
crisgurjao@oi.com.br
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