Você já ouviu falar em cesariana natural? O novo procedimento já foi adotado por muitas grávidas na Inglaterra e tem o intuito de diminuir os efeitos negativos que a cesárea tradicional traz ao bebê. Em vez de retirar o pequeno rapidamente do útero da mãe, a técnica trabalha para que ele mesmo se projete para fora, como no parto vaginal.
Entenda como funciona a cesariana natural
Chamado de cesariana natural, o procedimento proporciona ao bebê um nascimento menos angustiante e mais calmo. O bebê se projeta sozinho para fora da barriga da mãe através do corte da cesárea.
O método permite que o bebê saia da barriga sozinho, como no parto vaginal, em vez de ser retirado às pressas pelo obstetra. Na prática, o cirurgião faz a incisão no útero e ajeita para fora somente a cabecinha do recém-nascido, que é deixado livre para colocar os próprios ombros e o restante do corpo.
Com o objetivo de diminuir os riscos e efeitos negativos da cesárea, uma equipe de especialistas do Hospital Queen Charlotte and Chelsea e o Imperial College London, ambos do Reino Unido, desenvolveram a técnica.
Além de causar menos impacto para o bebê, a cesariana natural também permite que os pais participem de uma forma mais ativa do parto do que na cesárea normal, podendo observar o nascimento do filho. A técnica foi desenvolvida também para modificar a obstetrícia, a ação das parteiras e as práticas de anestesia na cesariana tradicional.
Riscos da cesárea e outros cuidados
A cesárea é recomendada apenas quando há complicações para a saúde da mãe ou do bebê. Mas, na prática, não é assim que acontece. O Brasil é campeão mundial em cesarianas realizadas. Segundo o Ministério da Saúde, a técnica corresponde a 43% dos partos (80% na rede particular), sendo que o índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 15%.
Além de muitas gestantes optarem pelo método por buscar mais segurança e menos dor, há casos em que médicos e obstetras também indicam a cesárea por ser mais prática e rápida. Um parto normal pode levar, em média, 12 horas.
Com índice três vezes maior que o recomendado, os números preocupam. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até criou novas normas para as maternidades, tudo com o objetivo de desmistificar e incentivar a escolha pela parto natural.
Fonte: doutissima.com.br