A maioria das pessoas já teve uma pinta que apareceu no corpo e que trouxe algum tipo de preocupação. A palavra “pinta” se refere ao nome popular dos nevus, que aparece por uma predisposição genética individual. Todo mundo tem algum nevus, mas há pessoas que vão apresentar muitos e outras poucos, a depender dessa predisposição genética.
Formatos e cores
As pintas podem ter formatos e cores variados, podendo ser da cor da pele, um pouco mais altas, ou mesmo planas e de cor mais escura. As sardas são pequenas manchinhas escuras, sem relevo algum, que escurecem e aumentam com a exposição solar. Já as verrugas são provocadas por uma infecção viral, normalmente se apresentando como pequenas pápulas com superfície filiforme irregular.
Quais devem ser retiradas?
As pintas que devem ser retiradas são, em linhas gerais, as que apresentam irregularidade de coloração (muitas cores formando a mesma), irregularidade de bordas, crescimento rápido e sintomas como coceira e sangramento. Todavia, o médico dermatologista fará uma avaliação clínica e às vezes um exame chamado dermatoscopia para avaliar se a pinta realmente precisa ser retirada.
Câncer de pele
Alguns tipos de pinta podem se transformar em um câncer de pele. Por exemplo, algumas pintas escuras podem se transformar no melanoma, um câncer de pele que pode ser muito agressivo se não detectado no início. Os negros têm mais melanina para proteger a pele contra o sol, sendo menos propensos ao desenvolvimento de cânceres de pele relacionados com a exposição solar. Todavia, também podem apresentar pintas em bastante quantidade, a depender da sua carga genética individual.
Tratamento
As pintas são tratadas normalmente com uma pequena cirurgia. Caso haja suspeita de que a pinta possa evoluir para um câncer de pele no futuro, ela é normalmente retirada completamente e feita uma sutura no local. Por outro lado, pintas com características totalmente benignas podem ser tratadas com retiradas parciais (chamadas de shaving) e cauterizações com radiofrequência ou laser.
Atenção!
A pintas que aparecem em áreas sujeitas a trauma, como sola dos pés e barba (aquelas que são lesionadas no barbear), merecem mais atenção no seu acompanhamento, uma vez que esse trauma repetitivo pode aumentar o risco de malignização. Pintas escuras que são expostas às queimaduras solares também merecem mais cuidado, uma vez que o sol pode aumentar o risco de malignização em alguns subtipos de pintas.
Em geral, os nevus (ou pintas) congênitos apresentam uma cor escura e são de tamanho maior que as pintas que surgem no decorrer da vida. Os nevus congênitos maiores necessitam de um acompanhamento mais de perto, uma vez que o risco de malignização é um pouco maior. Já os nevus congênitos pequenos normalmente apresentam comportamento benigno.
As pintas da cor da pele tendem a apresentar um comportamento benigno durante a sua evolução. Por seu turno, pintas escuras necessitam de um acompanhamento mais de perto, uma vez que algumas podem apresentar irregularidades que demonstrem uma transformação, por exemplo, em melanoma.
Deve-se ter atenção em pintas, mesmo que da cor da pele, que apresentam um crescimento muito rápido e consistência mais endurecida, uma vez que existem alguns tipos de carcinomas cutâneos que podem ter essas características. Por sua vez, pápulas com tom perolado e ligeiramente avermelhado, ou que ferem e sangram às vezes, podem ser um carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele.
Na dúvida, procure um médico dermatologista.