Fique atenta aos principais sintomas da endometriose

24/06/2016 11:48:21
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Longe de ser incomum, a endometriose é uma doença que atinge uma a cada dez mulheres em idade reprodutiva. As estimativas apontam que ela acomete 176 milhões delas no mundo todo e que, em média, 30% a 50% das que são diagnosticadas inférteis têm esse problema. Mas como detectar e tratar a condição?

Inicialmente, é importante esclarecer que a endometriose é caracterizada pelo crescimento fora do útero de um tecido que normalmente o reveste: o endométrio. A boa notícia é que, quando diagnosticada precocemente, a condição pode ser controlada para que, futuramente, não prejudique as chances de uma gravidez. Por isso, é importante ter atenção aos sintomas.

Como identificar a endometriose
O maior desafio é identificar os sintomas. Silenciosos, eles variam de mulher para mulher e podem ser facilmente confundidos com outras doenças ginecológicas, mas tendem a evoluir de forma progressiva a cada ciclo.

Geralmente, as mulheres acometidas pela endometriose têm períodos de muita dor na região pélvica, por causa de uma reação inflamatória crônica. Cólicas recorrentes, alterações intestinais e desconfortos na hora do sexo também podem ser alguns indícios. Portanto, diante de qualquer um dos sintomas, a recomendação é consultar um médico.

Devido ao avanço das pesquisas e à melhora progressiva da qualidade dos exames, hoje a doença pode ser tratada de forma cirúrgica. Diante de indícios de endometriose, portanto, o especialista pode solicitar um exame clínico, seguido de outros testes laboratoriais e de imagem.

Atualmente, podem ser solicitados testes como ultrassom transvaginal específico para endometriose, a ressonância magnética e, em determinados casos, a laparoscopia, que permite uma avaliação minuciosa das lesões. Essas são as primeiras etapas para um tratamento que diminuirá desconfortos e as chances de infertilidade.

Causas da doença
Especialistas divergem na hora de apontar as causas exatas da endometriose. Na verdade, ainda não se sabe exatamente o que desencadeia o problema. Estima-se que, em 51% dos casos, há fatores genéticos envolvidos.

O padrão de vida feminino atual, que envolve engravidar mais tarde, ter menos filhos e se submeter a um maior nível de estresse também já foi relacionado à doença. Essa teoria é sustentada pelo fator imunológico: com a imunidade celular comprometida, o problema poderia aparecer.

A relevância da endometriose na dificuldade de engravidar também ainda é estudada. Acredita-se que, quando mínima ou leve, ela pode prejudicar a função ovariana, peritoneal, das tubas uterinas e do endométrio, levando a uma fertilização ou implantação defeituosas.

Já em níveis moderados ou graves, ela pode provocar a infertilidade ou redução nas taxas de gravidez. Diante dessa constatação, o ideal é se prevenir e não ignorar quaisquer desconfortos que podem ter algum tipo de ligação com a endometriose.

doutissima.com.br

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