Em agosto de 2016, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) apresentou os resultados de uma importante avaliação feita com as 12.256 espécies que compõem a fauna brasileira.
Iniciado em 2009, contando com o apoio e colaboração de quase 1400 especialistas da comunidade científica, o estudo de monitoramento, pesquisa e conservação da biodiversidade foi concluído recentemente (final de 2014), trazendo boas novas para os avaliadores. Cerca de 1.173 espécies deixaram a lista de ameaçados de extinção, o equivalente a 9,57% de todos os animais documentados.
O levantamento realizado por técnicos da ICMBio e parceiros, mostrou também que novas 720 espécies foram incluídas na lista. É o caso do macaco-prego-galego (Sapajus flavius) e a ave maçarico-rasteirinho, que já há alguns séculos vêm sofrendo com as constantes alterações em seus habitats.
Mas com a ajuda deste novo relatório, os especialistas poderão desenvolver o trabalho de preservação das espécies em áreas mais desgastadas, contando com o suporte das Unidades de Conservação (UC) e planos de ação consolidados – ambos fundamentais neste processo. Inclusive, a ideia é de que os pesquisadores continuem fazendo a identificação de ainda mais espécies que não se encontram nas UCs ou que não possuem Planos de Ação Nacionais (PAN).
Dentre os animais que deixaram a lista, está o mico-leão-preto, que saiu da categoria Criticamente em Perigo para Vulnerável, o bacurau-de-rabo-branco, migrou de Em Perigo para Vulnerável e a arara-azul-de-lear e o peixe-boi-marinho, que deixaram a categoria Criticamente em Perigo para Em Perigo.
Vale destacar que das 1.173 espécies que deixaram a lista, cerca de 663 (56,5%) estão presentes nas Unidades de Conservação e 498 (42%) contam com o auxílio de algum PAN. Para conferir a lista completa de animais que saíram da categoria mais preocupante de extinção, clique neste link.