Veja como alguma sobrecarga causada por estresse repetitivo ou um acidente pode inflamar os diferentes tipos de tendões.
Vários tendões saem da perna, passam pelo tornozelo e chegam até o pé. Eles são como cordas, que ligam o ventre muscular ao osso, ajudando nos movimentos. Se há alguma sobrecarga, causada por estresse repetitivo ou um acidente, alguns desses tendões podem inflamar, o que culmina nas chamadas tendinites ou tendinopatias. Conheça as mais comuns e suas principais causas:
– Tendinopatia dos fibulares
Temos no corpo dois músculos fibulares: o fibular curto e o fibular longo. A tendinopatia nesses músculos costuma gerar dor atrás da saliência óssea da lateral do tornozelo (o maléolo lateral), e costumar ocorrer após um acidente de entorce (“torção” do tornozelo).
– Tendinopatia do tibial posterior
O tornozelo possui também uma saliência óssea em sua parte interna, o maléolo medial. Atrás de tal estrutura passa um músculo muito importante para a corrida, chamado tibial posterior. Esse músculo é um dos responsáveis pela formação do arco interno do pé e pela estabilidade do tornozelo. Pessoas com o pé chato ou com o tornozelo instável podem desenvolver inflamação no tendão desse músculo após atividade repetitivas, como a corrida e a caminhada.
– Tendinopatia do tendão de Aquiles
Esse é o tendão do músculo da panturrilha, e sua lesão é muito comum em corredores. Ela acontece normalmente devido à falta de força e alongamento da musculatura, aumento brusco de volume de treinamento e biomecânica da corrida inadequada.
– Tendinopatia do tibial anterior
O tibial anterior é o músculo que dobra o pé para cima (dorsiflexão). Ao fazer esse movimento seu tendão fica bem saltado e evidente, sendo possível identificá-lo com certa facilidade. Uma inflamação nessa área é mais rara, mas pode acontecer se esse músculo é mais exigido que o normal (volume de atividade excessivo e movimento inadequado do pé) ou se há alguma limitação articular no tornozelo.
Tratamentos:
O tratamento fisioterápico dessas tendinopatias é focado no controle da lesão tecidual, com equipamentos como laser e ultrassom, e no cuidado da causa mecânica do problema, reduzindo a sobrecarga sobre a região.
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