Ter amizades faz bem ao coração

29/08/2016 10:05:58
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Ter amigos faz bem à saúde. Literalmente. É o que aponta um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que associou o número de amizades de uma pessoa ao nível da proteína fibrinogênio — que tem efeito coagulante e, em excesso, pode aumentar a pressão sanguínea e causar doenças cardiovasculares. Aqueles com menos amigos apresentaram maior quantidade da proteína. E círculos sociais reduzidos demonstraram ter, no corpo, impacto semelhante ao do tabagismo.

Pessoas com poucos ou nenhum amigo, além de terem tendência à depressão, podem desenvolver hábitos prejudiciais à saúde, como sedentarismo. Também têm um elevado índice de estresse, e tudo isso pode fazer com que haja a produção de substâncias como corticoides, esteroides, adrenalina e noradrenalina, que têm ação direta na produção de fibrinogênio .

O fibrinogênio, que normalmente age no corpo quando a pessoa começa a sangrar, está associado à formação de trombos, que podem levar a oclusões arteriais. Além de enfartes e derrames, o problema pode causar trombos e aneurismas.

Além de parte física, questão emocional
Para além da questão fisiológica, há uma explicação emocional. Diante do isolamento, o corpo reage ao medo de se sentir vulnerável:
Relações de amizade, familiares ou amorosas nos dão uma sensação de segurança, de ter alguém que pode cuidar de nós. O isolamento social traz o medo de, eventualmente, passar mal e não ter ninguém ali. A ansiedade e a aflição são grandes e afetam o corpo.

Procurar uma atividade pode ser a solução
Uma das conclusões do estudo é que, se de fato existir uma relação entre o isolamento social, o fibrinogênio e, consequentemente, o enfarte e o derrame, então, é possível pensar em promover políticas e intervenções que melhorem as conexões sociais — prevenindo, assim, essas doenças. 

A dica para as pessoas mais sozinhas é procurar grupos que se reúnam para fazer atividades que lhe agradem. Pode ser desde esportes até trabalhos manuais ou encontros religiosos. Pessoas idosas têm mais tendência de se isolar. O idoso brasileiro não se educou para ter lazer. Ele sempre trabalhou e se sente inútil em sair com os amigos para tomar café. Acha que está perdendo tempo. Por isso, é tão importante pensar numa atividade. Além de mais sociáveis, eles vão sentir que estão com o tempo preenchido. É preciso saber que o ser humano não nasceu para ser sozinho.

http://extra.globo.com/

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