Filmes da semana de 02/01 a 08/01

04/01/2025 12:38:16
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A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Nosferatu. Essa é uma releitura de um clássico de 1922, uma adaptação não autorizada do Drácula de Bram Stoker que resistiu ao tempo, a processos e se tornou um dos maiores expoentes do expressionismo alemão. O nome forte dessa produção é Robert Eggers, um cineasta meticuloso e apaixonado pela obra original. Ambientado na Alemanha do século XIX, o filme segue um agente imobiliário que viaja aos Cárpatos para negociar com o enigmático Conde Orlok. Ao retornar, ele percebe que sua esposa está sob a influência de Orlok, desencadeando uma série de eventos que exploram temas como obsessão e terror. Visualmente o filme impressiona pela ambientação e a riqueza de detalhes. A atmosfera sombria é intensificada por uma paleta de cores desbotadas e a iluminação, remete ao expressionismo alemão, criando um ambiente de constante inquietação. O roteiro mantém a essência da narrativa original, incorporando diálogos que exploram temas de desejo, medo e mortalidade. No entanto, a abordagem estilizada dificulta um envolvimento emocional com os personagens. No elenco temos Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp, Bill Skarsgård e Aaron Taylor-Johnson, todos muito bem, mas como sempre, nos filmes de Eggers, Willem Dafoe rouba as cenas. É uma homenagem ao clássico original, combinando elementos tradicionais com uma abordagem contemporânea, além de uma reconstituição histórica fiel e impressionante. Embora apresente aspectos técnicos notáveis e atuações competentes, a sensação é de que, apesar de ser um filme grandioso, não cria uma conexão com o público, o que diminui a experiência. Vale muito o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 16 anos.

Sugestão: Para assistir em casa a dica desta semana vai para Round 6 – Temporada 2. Disponível na plataforma da Netflix, esse fenômeno sul-coreano retorna com mais uma temporada e um grande desafio, surpreender ainda que use uma fórmula já conhecida. A série mantém sua essência, uma crítica afiada às desigualdades sociais e ao impacto do capitalismo desenfreado, enquanto eleva a violência e a complexidade dos jogos. Isso garante momentos de tensão e intensidade, mas a narrativa não consegue inovar, com alguns episódios sofrendo com o ritmo demasiadamente lento. Se você gostou da primeira temporada, não desanime no início, vai melhorando até o último episódio, mas sem o mesmo impacto do original.

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