Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Operação Vingança. Dirigido por James Hawes, conhecido por trabalhos em Black Mirror e Uma Vida – A História de Nicholas Winton, o filme trabalha com uma narrativa de alta tensão, com cenas que equilibram ação e drama. Hawes utiliza locações internacionais, como Londres, Paris, Washington D.C. e Istambul, para conferir autenticidade e dinamismo à trama. Adaptado por Ken Nolan e Gary Spinelli, o roteiro conta a história de um criptógrafo da CIA que, após perder a esposa em um ataque terrorista, decide buscar justiça por conta própria. A trama explora temas como lealdade, justiça e os limites da moralidade, oferecendo uma reflexão sobre as consequências pessoais da vingança. Com um orçamento estimado em US$ 30 milhões, a produção invesiu em cenas de ação bem coreografadas buscando sempre uma atmosfera tensa e um ritmo crescente. No elenco temos Rami Malekque entrega uma performance intensa capturando a transformação de um analista introvertido em um agente determinado. Laurence Fishburne faz um agente veterano da CIA, e ainda temos Rachel Brosnahan que faz uma ponte entre o sistema burocrático e o drama humano enquanto Caitríona Balfe carrega o dilema ético da agência: seguir os protocolos ou reconhecer os motivos de alguém em luto que busca justiça. Esse é um filme que apesar de sofrer com um roteiro inconsistente tenta equilibrar ação intensa com introspecção moral e o resultado foram diálogos repetitivos e pontos da trama pouco explorados, mas em resumo é um thriller funcional que entrega atuações sólidas e uma direção competente. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
Outra estreia nesta semana é Drop: Ameaça Anônima. Esse é um thriller psicológico dirigido por Christopher Landon que combina elementos de suspense e terror que explora os limites da confiança e do medo. Landon aplica toda a sua capacidade em criar tensão crescente com um ritmo ágil e uma atmosfera claustrofóbica intensa. O filme acompanha uma mãe viúva que, durante um encontro, começa a receber mensagens ameaçadoras de um número desconhecido colocando em risco a segurança de sua família. A narrativa é construída com reviravoltas que mantêm o suspense de forma constante e eficiente. É uma premissa interessante que se destaca por sua originalidade e pela forma como aborda temas atuais, como a vulnerabilidade digital e a exposição nas redes sociais. No elenco temos Meghann Fahy que transmite de forma autêntica o medo e a determinação de sua personagem enquanto Brandon Sklenar, entrega uma atuação ambígua, o que contribui para a atmosfera de desconfiança pretendida. Os pontos altos desta produção estão na direção de Marc Spicer e na atuação de Fahy, além claro, dos debates que carrega. Embora não revolucione o gênero, oferece uma experiência intensa e satisfatória para os fãs de suspense psicológico. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
Estreia também nesta semana em Nova Friburgo The Chosen – Última Ceia. Série criada por Dallas Jenkins que já está na quinta temporada, chega aos cinemas com a mesma estratégia que vinha adotando lançando os episódios nas telonas antes da disponibilização em plataformas de streaming, o que tem se mostrado eficaz, afinal, não apenas gera receita adicional, mas também amplia o alcance da série. A narrativa não apenas reconta eventos conhecidos, mas também explora as motivações e conflitos internos dos discípulos, como a traição de Judas e as dúvidas de Pedro. Essa profundidade confere uma dimensão adicional à história, permitindo que o público se identifique com as lutas e dilemas dos personagens. A série também se destaca por sua diversidade de elenco, refletindo a multiculturalidade da época e proporcionando uma representação mais autêntica dos personagens históricos. Temas relevantes como fé, dúvida, lealdade e sacrifício, são amplamente explorados, assim como todo o simbolismo das tradições cristã. Os acertos estão na abordagem humanizada de Jesus Cristo, além da retratação de eventos bíblicos de forma acessível e relevantes. Direcionado para um público mais específico, vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
A última estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Força Bruta: Punição. Dirigido por Heo Myeong-haeng, é o quarto capítulo da franquia sul-coreana de ação estrelada por Ma Dong-seok. Este filme mantém a essência da série, entregando cenas de ação intensas e uma narrativa que vai direto ao ponto. Heo Myeong-haeng imprime sua marca com sequências de ação bem coreografadas e uma narrativa ágil. Sua experiência prévia é evidente na fluidez das cenas de combate, que são filmadas de maneira clara e impactante. Esse, na verdade, é o ponto forte dessa produção com Don Lee utilizando sua força enquanto as câmeras acompanham cada movimento, destacando a fisicalidade dos combates. A trama gira em torno de uma investigação sobre jogos de azar online e criptomoedas, temas contemporâneos que adicionam relevância à narrativa e, embora o enredo seja simples, serve como pano de fundo eficaz para as cenas de ação, mantendo o ritmo acelerado do filme. No elenco temos Don Lee que reprisa seu papel como o detetive trazendo muito carisma e presença física enquanto Kim Moo-yul, faz o antagonista com uma performance que transmite ameaça e intensidade. Essa é uma adição sólida à franquia, oferecendo ação intensa e performances envolventes apesar de não apresentar inovações narrativas. Com uma execução eficiente e o carisma de Don vai certamente agradar os fãs do gênero. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
Sugestão: Para assistir em casa a dica desta semana vai para Black Mirror: Temporada 7. A série vencedora do Emmy e cultuada em todo o mundo retorna com um elenco cheio de estrelas e seis episódios repletos de sátiras e suspense. Disponível na Netflix, é uma dica imperdível, é um tipo de Além da Imaginação, onde nada é o que parece.