Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Gladiador 2. A ambição de Ridley Scott sempre surpreende. Basta dizer que esse é um dos filmes mais caros da história do cinema, tendo chegado a possíveis 310 milhões de dólares. O enredo não foge do original de 2000, são tramas, jogos de poder e muita sujeira sempre a serem resolvidos na arena. Scott mantém sua habilidade em criar cenas de ação imponentes e brutais. As batalhas são coreografadas com um nível de detalhe impressionante. O design de produção reforça a opulência e decadência do Império Romano, enquanto a fotografia alterna entre tons vibrantes e sombrios para refletir os contrastes entre glória e tragédia. Outro ponto forte do filme são os personagens repletos de camadas e a forma como eles se movem no xadrez romano. No elenco temos o versátil Paul Mescal, assim como Connie Nielsen, Pedro Pascal e Denzel Washington entre outros. Todos muito bem, com seus conflitos e ambições. Esse é um filme cheio de referências ao original, um épico visualmente deslumbrante e com atuações marcantes. É uma sequência que entrega entretenimento, mas não alcança a mesma profundidade temática que fez de Gladiador um clássico atemporal. É um filme sólido, mas que deixa a sensação de que sua existência é mais uma expansão comercial do que uma necessidade narrativa. Para quem viu, ainda vê e gosta do original, é imperdível. Vale muito o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 16 anos.
A outra estreia desta semana é Pássaro Branco – Uma História de Extraordinário. Esse filme é um spin-off de Extraordinário e traz uma narrativa sobre resiliência, compaixão e o impacto das escolhas humanas. O enredo é sobre uma jovem judia que encontra refúgio na França ocupada, enquanto enfrenta os horrores do Holocausto na Segunda Guerra Mundial. O diretor Marc Forster conduz os eventos de forma previsível, mas tem faz boas escolhas focando no emocional e nos contrastes entre o refúgio bucólico da casa onde Sara se esconde e a tensão externa da ocupação nazista. O roteiro adaptado por Mark Bomback, consegue entregar a proposta sobre exaltar a empatia, assim como o enfrentamento ao preconceito, mas carece de nuances em alguns diálogos e exagera no didatismo. O ponto forte dessa produção está nas atuações de Ariella Glaser e Gillian Anderson, apesar do elenco de apoio com nomes como Helen Mirren, Olivia Ross e Ishai Golan, serem pouco desenvolvidos. É uma produção que trabalha dentro de uma zona segura, entrega uma mensagem poderosa, mas de forma excessivamente explicativa, mas é um bom lembrete sobre a força da bondade e da humanidade em tempos de adversidade. Vale sim o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 14 anos.
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Silo, segunda temporada. Essa é uma das séries mais aguardadas do ano que entrou no catálogo da Apple + estrelada por Rebecca Ferguson, que segue a saga em busca de sobrevivência em um futuro distópico em que a humanidade vive em locais fechados sem poder sair. Baseada na obra do autor norte-americano Hugh Howey, a série acompanha uma engenheira que começa a questionar as verdades por trás das leis do silo e as motivações de seus líderes. Eenquanto segredos sombrios vêm à tona, ela busca entender o verdadeiro propósito do que realmente está acontecendo.