Filmes da semana de 16/01 a 22/01

18/01/2025 16:41:37
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Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Aqui. Baseado na graphic novel de Richard McGuire que explora a passagem do tempo em um único espaço, a adaptação cinematográfica faz um bom trabalho em traduzir a essência da obra, mas o conceito é complicado para adaptar para o formato audiovisual mesmo tendo Robert Zemeckis na direção. Conhecido por seu trabalho inovador em filmes como Forrest Gump e O Expresso Polar, sua abordagem mistura emoção e técnica, explorando o conceito do tempo e da memória de maneira profunda e visualmente fascinante. Zemeckis equilibra momentos de reflexão introspectiva com sequências marcantes que conectam o espectador às diferentes épocas abordadas no filme. Existem problemas narrativos que tornam o filme arrastado, mas o maior problema mesmo, são os efeitos de rejuvenescimento digital que apesar de bem-feitos, retiram boa parte das expressões do elenco, reduzindo o impacto dramático das atuações. No elenco temos Tom Hanks, mal aproveitado, e também Robin Wright, Kelly Reilly, Paul Bettany e Michelle Dockery, entre outros. Esse foi um filme que a Sony Pictures apostou muitas fichas e que reuniu boa parte do staff de Forrest Gump, mas que não conseguiu traduzir a obra de Richard McGuire para o cinema, apesar de nomes de peso como Don Burgess na fotografia e Alan Silvestri na trilha sonora. Ainda assim vale o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 12 anos.

Outra estreia nesta semana em Nova Friburgo é MMA – Meu Melhor Amigo. Dirigido por José Alvarenga Jr., reconhecido por trabalhos como 10 Segundos para Vencer, o filme não conseguiu replicar o mesmo nível de excelência nesta produção e peca pelas atuações, coreografia e pelo roteiro repleto de clichês e sem originalidade. O enredo é sobre um ex-campeão de MMA que, além de enfrentar desafios profissionais, descobre ser pai de um menino autista de 8 anos. A abordagem do autismo é superficial, falhando em oferecer uma representação autêntica e educativa da condição. As sequências de luta, elemento central em um filme sobre MMA, são mal coreografadas e carecem de realismo. Problemas também ocorreram problemas na mixagem de som e na edição o que diminui a experiência ao assistir. No elenco temos Marcos Mion, Antonio Fagundes, Guilherme Tavares, Andreia Horta, Lúcio Mauro Filho e Augusto Madeira entre outros. Marcos Mion, embora carismático como apresentador, não entrega uma performance convincente no papel principal. Sua atuação é marcada por expressões exageradas e falta profundidade emocional, prejudicando a credibilidade do personagem. Apesar do potencial da ideia, o filme erra na execução e falha em diversos níveis, desde um roteiro previsível, até atuações desiguais e representações superficiais. Ainda assim, serve como um lembrete da importância de tratar temas sensíveis no cinema, mesmo com uma abordagem simplistas que não faz jus à complexidade da vida real. A indicação etária é recomendada para maiores de 12 anos.

A última estreia desta semana em Nova Friburgo é Lobisomem. São incontáveis as adaptações desse personagem nos mais diversos formatos. Dirigido por Leigh Whannell, o filme apresenta uma releitura contemporânea do clássico, explorando temas profundos relacionados à dinâmica familiar e às ansiedades modernas. Esse caminho apesar de carregar uma ideia interessante, desconstrói o personagem ao tratar o problema como uma licantropia, algo que vai testar os laços familiares, tirando o foco do que aparentemente importa. A narrativa é arrastada, tentando a todo custo chegar a algum ponto interessante que só consegue nos trinta minutos finais. A trama se desenrola nos bosques de Portland, onde um pai contrai uma maldição que testa os limites de sua sanidade. No elenco temos Christopher Abbott que entrega uma performance convincente, Julia Garner que entrega as complexidades de uma mulher equilibrando carreira e família e a jovem atriz Matilda Firth no papel da filha do casal. Apesar dos problemas, incluindo a falta de identidade própria do Lobisomem quanto a efeitos e maquiagem, o filme vai agradar aos fãs de terror pela dinâmica e principalmente pelo final. Vale o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 16 anos.

Sugestão: Para assistir em casa a dica desta semana vai para Ruptura: 2ª temporada. Disponível na plataforma da Apple TV+, a série finalmente retorna. Nessa sequência, seguem os eventos intensos do final da primeira temporada, explorando as consequências das ações dos funcionários da Lumon e aprofundando os mistérios em torno da empresa. É uma das melhores séries distópicas dos últimos anos.

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