A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado. Essa é uma continuação do slasher de 1997 com muitos problemas incluindo a montagem, o roteiro e outros pontos que resulta em um filme que provoca mais risadas do que sustos, e com um final questionável. A direção de Jennifer Kaytin Robinson até cria momentos visuais marcantes, mas falha em manter a tensão narrativa com buracos no roteiro e cenas forçadas que quebram a imersão, traçando os personagens de forma superficial. Inspirado no romance de Lois Duncan, o filme muda a abordagem de suspense para um típico slasher, moldado por violência explícita e tensão crescente. A narrativa gira em torno de um atropelamento acidental que os protagonistas tentam esconder, mas que retorna para assombrá-los um ano depois, através de bilhetes ameaçadores e a figura de um assassino misterioso com um gancho. O roteiro abandona nuances mais sutis em favor de um ritmo acelerado, apostando em sustos visuais e confrontos sangrentos. O elenco é liderado por Madelyn Cline, Chase Sui Wonders, Jonah Hauer‑King, Tyriq Withers e Sarah Pidgeon, acompanhados pelos regressos nostálgicos de Jennifer Love Hewitt como Julie e Freddie Prinze Jr. como Ray. O filme até cumpre o papel de oferecer entretenimento teen com boa energia, mas não é suficiente para superar a sensação de carência de uma construção narrativa substancial, com personagens próximos de arquétipos previsíveis. Essa é uma fórmula rasa que o suspense é frequentemente substituído por clichês e mortes genéricas. Funciona como passatempo para fãs do terror teen, mas carece de ambição e refinamento. Vale a dica de uma cena pós-créditos que faz um gancho direto para o próximo capítulo da franquia. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
SUGESTÃO: A dica desta semana para assistir em casa vai para Stranger Things 4: Volume 2. Essa é uma lembrança de que já está disponível na plataforma da Netflix, afinal é uma das séries de maior sucesso dos últimos anos. No enredo a ameaça de Vecna se consolida como a mais aterrorizante até então, trazendo consequências reais para os personagens e para Hawkins. A narrativa se fragmenta em diferentes núcleos, mas consegue manter a tensão e o envolvimento, com momentos de ação épica, sacrifícios comoventes e reviravoltas marcantes. O final deixa portas abertas ao mesmo tempo que aprofunda a mitologia do Mundo Invertido.
