A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo Branca de Neve. Em 1937 o conto dos irmãos Grimm marcaram o cinema como o primeiro longa-metragem em animação o que moldou o estilo Disney. Dirigido por Marc Webb, o filme tenta reinventar esse clássico com uma abordagem mais moderna, mas o resultado é um misto de bonitinho e estranho, com momentos constrangedores por conta do live action e das canções. A narrativa transita entre respeitar o material original e tentar atualizá-lo sem um direcionamento claro. Os personagens são unidimensionais, reduzidos a arquétipos simplistas: a vilã caricata e a mocinha indefesa, sem profundidade ou nuances. Cenários e figurinos são bem trabalhados, mas sem criatividade e o uso de CGI para os Sete Anões se mostrou um problema, tanto visual, como levantou um debate complexo, afinal estamos com uma releitura de um conto publicado entre 1817 e 1822 e os estereótipos, não cabem nos tempos atuais. Essa opção levantou questões sobre representatividade e fidelidade ao clássico, mas certamente foi uma escolha melhor narrativamente. Quanto as atuações, Rachel Zegler é ótima nas cenas musicadas, mas ainda não é uma boa atriz entregando pouca profundidade, enquanto Gal Gadot, imprime uma presença forte em cena, mas também não é uma boa atriz e muito menos sabe cantar. Apesar de seus méritos visuais e dos esforços do elenco e da produção, o filme não consegue equilibrar tradição e inovação com um resultado tecnicamente competente, mas que carece do encanto e da magia que tornaram a animação original um clássico atemporal. Vale o ingresso e a indicação etária é livre para todas as idades.
Sugestão: Para assistir em casa a dica desta semana vai para Lee. Disponível na Prime Video, essa é uma cinebiografia que retrata a trajetória de Elizabeth “Lee” Miller, que passou de modelo a fotojornalista durante a Segunda Guerra Mundial. O recorte destaca sua coragem ao registrar os horrores do conflito, mostrando não apenas sua habilidade com a câmera, mas também os desafios de ser uma mulher nesse meio. Com Kate Winslet no papel principal, o longa explora tanto sua carreira quanto os impactos emocionais de suas experiências no front. É uma obra que traz uma perspectiva intensa e humana sobre a guerra.
