Estreia esta semana em Nova Friburgo Kung Fu Panda 4. Mais uma vez chega aos cinemas o Grande Dragão Guerreiro com os desafios de proteger a aldeia em uma animação menor, com um orçamento bem abaixo dos anteriores se apresentando como um tradicional caça-níqueis para se manter vivo como franquia. Neste filme Po segue no Vale da Paz e precisa escolher e treinar um novo Dragão Guerreiro enquanto uma feiticeira trabalha para trazer de volta os vilões derrotados por Po do reino espiritual. Visualmente a animação é fraca, não teria como ser diferente, Hans Zimmer segue o tema da trilha com uns penduricalhos, mas o problema mesmo está em uma história que deixa tudo para depois, sem se aprofundar nos temas propostos. Os pontos fortes estão no ritmo e na estética que compensam um pouco a falta de refinamento visual, além claro, do humor que abraça a franquia desde seu início em 2008. Ainda assim, vai agradar as crianças e aos fãs da franquia e que está longe de terminar. Vale sim o ingresso e a indicação etária é livre para todos os públicos.
Outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Alice no País das Trevas. Uma boa ideia é utilizar o imaginário das histórias infantis para deturpar os personagens levando para uma abordagem macabra. Se pensarmos em histórias com chapeuzinho vermelho ou mesmo a Branca de Neve e os Sete Anões, são enredos que se encaixam perfeitamente ao terror. Algumas tentativas já foram feitas e o mais recente Ursinho Pooh: Sangue e Mel, foi um desastre. Citei esse filme pois o que temos em Alice no País das Trevas é igualmente desastroso. Não basta a ideia, sem um roteiro minimamente razoável, não vai funcionar. O grande problema é que as referências, que é o que sustenta a premissa, se perdem por serem mal trabalhadas. Tudo se transforma em comédia e tédio. Com apenas uma hora e dezessete minutos, o filme enrola e se alonga com encontros grotescos da menina com personagens como o Coelho, o Chapeleiro, a Lagarta e a Rainha Vermelha. Como se não bastasse, no final tudo é invertido e o roteiro vai para uma abordagem sem sentido para o resto da trama apenas para fazer uma reviravolta. Imagino a equipe de produção em uma reunião dizendo que tem uma ideia de dez minutos para um final e que seria interessante usar as referências de um clássico da literatura para fazer o resto e chamar a atenção. O pior é que isso deu certo, afinal, o filme foi feito e está nos cinemas. Só mesmo para os desavisados e curiosos. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
A última estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é The Chosen / Os Escolhidos. Essa é uma série que retrata a vida de Jesus Cristo estrelada por Jonathan Roumie e que entrou para o catálogo da Netflix em 2017 e alcançou grande destaque e chega a sua quarta temporada. O que temos aqui é a exibição dos dois primeiros episódios da nova temporada o que não é comum, mas pode estar indicando uma tendência para o mercado, feito que já tinha ocorrido com a terceira temporada, de forma mais tímida. O ponto forte da série, além das interpretações, é a abordagem que ela usa para retratar o dia a dia daquele grupo, de como foi conviver com Jesus Cristo. Isso humaniza o protagonista e nos aproxima dele, mesmo que saibamos da sua condição divina e livre do pecado. Para quem gosta do tema ou quer conhecer a série é uma boa opção. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Sugestão: A dica para assistir esta semana em casa vai para Matador de Aluguel. Remake do filme de 1986 estrelado por Patrick Swayze, um lutador aposentado consegue um emprego como segurança e se envolve com situações inesperadas. Com Jake Gyllenhaal no papel principal, o acerto desta produção, disponível no catálogo da Amazon Prime Video, foi ter buscado uma narrativa voltada mais para a comédia mantendo a premissa do original.
