Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Wicked: Parte Um. Essa é uma produção carregada de expectativas que busca trazer para as telonas a magia que cativou milhões em um dos musicais mais bem-sucedidos da Broadway. Visualmente o filme se destaca pelos figurinos e cenários deslumbrantes, além das coreografias. A transição dos números musicais para o cinema é outro ponto forte do filme, com cenas como a icônica Defying Gravity que impressiona tanto pela execução visual quanto pela energia. A coreografia mantém a essência da produção original da Broadway, mas com adaptações inteligentes que não se ancora no que já funciona, ampliando o universo de o Mágico de Oz. No elenco temos Ariana Grande e Cynthia Erivo, com trabalhos primorosos, assim como Ethan Slater, Jonathan Bailey, Michelle Yeoh e Jeff Goldblum, entre outros. A direção de Jon M. Chu é uma marca histórica para o cinema quanto a adaptação de musicais e amplia um fenômeno que certamente vai chegar a muitos canais e formatos. É um filme leve, mas sem deixar de abordar os temas necessários que a proposta carrega. Uma pena que no cinema, não temos os dois atos como no teatro, mas essa é uma experiência grandiosa que merece ser compartilhada. Vale cada centavo do ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 10 anos.
Outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Herege. Thriller psicológico que mistura terror e reflexão, centrando em temas como fé e a manipulação do poder religioso. Com um roteiro inteligente focado nos diálogos e personagens, o filme vai bem no início, até descambar para o terror barato, mas tem um final arrebatador. Os diretores Bryan Woods e Scott Beck, focam em detalhes e a direção de arte funciona bem ao construir um ambiente claustrofóbico e minimalista para intensificar o desconforto dos personagens e do público. O design do set é cuidadosamente desenvolvido para refletir os temas centrais de fé, controle e isolamento. A paleta de cores trabalha com tons frios e apagados, enfatizando o clima opressor da narrativa. O ponto forte do filme está nas atuações de Hugh Grant, Sophie Thatcher e Chloe East. A dinâmica entre os personagens cria um jogo psicológico que mantém o espectador intrigado. É uma das melhores interpretações de Hugh Grant, um ator mais teatral, que se ancora nos diálogos. Para quem gosta de um Thriller psicológico com tensão crescente e revelações desconcertantes, essa é uma boa dica. Vale muito o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 16 anos.
A última estreia desta semana é A Linha da Extinção. Esse é um thriller de ficção científica ambientado em um futuro pós-apocalíptico dirigido pelo experiente George Nolfi, o mesmo de O Ultimato Bourne. O enredo é sobre um pai que precisa atravessar um mundo perigoso para buscar medicamentos essenciais para seu filho. Eles enfrentam criaturas monstruosas que forçaram os humanos a viverem em altitudes acima de 2.400 metros, um cenário que combina tensão e desespero. O roteiro é previsível e com diálogos expositivos, tentando surfar na onda de filmes e séries como Lugar Silencioso ou The Last of Us, sem surpresas narrativas. Visualmente o filme consegue entregar uma boa experiência e foca na construção de tensão para impulsionar as ações. No elenco temos Anthony Mackie, a brasileira Morena Baccarin e Maddie Hasson, todos bem dentro da proposta, mas sem um aprofundamento de seus personagens. Apesar de previsível e com problemas de ritmo, principalmente no primeiro ato, o filme vai agradar aos fãs de ficção científica e pode ser uma opção como entretenimento. Ainda assim, vale o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 14 anos.
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Pinguim. Série que entrou na grade da plataforma Max no dia 19 de setembro é um derivado de The Batman de 2022 e segue o personagem mafioso, enquanto ele tenta consolidar sua posição como um dos grandes líderes do crime em Gotham. Colin Farrell, que retorna ao papel com uma performance transformadora e elogiada, explora esse vilão clássico de forma profunda e humana, mostrando não apenas sua ambição e brutalidade, mas também suas fragilidades e relações pessoais.