Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Furiosa: A Mad Max Saga. Mais uma vez, para a felicidade de todos, George Miller entrega um novo episódio da franquia Mad Max. Após o grande sucesso em 2015 com Mad Max: Estrada da Fúria e principalmente da personagem Furiosa, agora temos uma história de origem focada nessa menina que é arrancada de uma realidade acolhedora e precisa se adaptar e lutar por sua vida em meio ao caos e guerras por poder. É um filme frenético, dividido por atos e com muita ação. Não tenho como deixar de comparar com o anterior que não utiliza tanto CGI e, portanto, tem mais veracidade nas cenas, mas isso não compromete. Alyla Browne, interpreta a protagonista jovem e Anya Taylor-Joy faz a Furiosa adulta, o que foi muito criticado, afinal Charlize Theron foi muito bem no filme anterior, mas existe um acerto que após assistir, percebemos. Theron é maravilhosa, carrega força e presença impactante, mas Anya Taylor-Joy tem uma linguagem muito expressiva no olhar. Ela nem precisa falar para passar o que deve ser entendido, e isso, é muito bem explorado por George Miller. Outro destaque é Chris Hemsworth. Todos gostam dele pelo carisma, mas neste filme, ele vai muito além do rosto bonito e entrega possivelmente o melhor trabalho da sua carreira. Destaque também para o figurino e maquiagem, assim como e a fotografia que, apesar de não ser tão boa como no filme anterior, entrega narrativamente um resultado competente. É complicado comparar os dois filmes, mas nesse caso é impossível e eles se ajudam, são melhores por conta um do outro, seja esse que estreia, seja o anterior de 2015. Difícil alguém que não conheça a franquia e certamente vai agradar a todos, principalmente as fãs dessa saga que já atravessa décadas e sempre impactando pela abordagem diatópica e com muita ação e violência. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
Outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Fúria Primitiva. A ideia central em torno desta produção seria fazer um John Wick indiano utilizando símbolos e a mitologia hindu com o Hanuman (Deus-macaco) dotado de poderes e nobres virtudes. É um projeto antigo e arriscado que Dev Patel abraçou mesmo tendo o apoio da Netflix mas que depois vendeu os direitos de distribuição para a Universal Studios. O enredo é sobre uma jornada de redenção de um rapaz que carrega traumas e ganha a vida em um clube de lutas desafiando os mais diversos oponentes. Aos poucos ele tem uma ascensão e consegue ter acesso à elite da sociedade e descobre um ambiente de privilégios e corrupção. É quando um plano de vingança precisa ser executado em nome da justiça. No elenco temos além de Dev Patel, temos Sobhita Dhulipala, Sharlto Copley, Sikandar Kher e Pitobash, todos com muito emprenho, em sequências que alternam muita ação e pausas para justificar os acontecimentos. É um filme que critica a sociedade indiana, as tradições, o sistema de castas, a elite e a religião. Isso é importante, mas dificilmente vai ter aceitação ou distribuição, pelo menos sem cortes, na Índia. Resumindo, é um filme interessante, que busca caminhos criativos e tem uma mensagem importante. Fica a coragem e perseverança de Patel que é o grande nome desta produção e prova que é possível fazer um bom filme, mesmo com todas as dificuldades que são apresentadas. Existem muitos problemas, mais por conta das limitações do que escolhas, mas isso não muda a força do filme. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
A última estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Morando com o Crush. Esse filme é uma comédia romântica nacional para adolescentes dirigido pelo experiente Hsu Chien e roteiro escrito por Sylvio Gonçalves. O enredo parte de uma boa ideia com dois adolescentes que nutrem sentimentos ainda não declarados, e quando o pai da moça e a mãe do rapaz se casam, todos vão morar juntos. O que temos a partir disso, são situações inusitadas, boas risadas e muitos momentos fofos, como não poderia deixar de ser. No elenco temos Giulia Benite, Vitor Figueiredo, Marcos Pasquim e Carina Sacchelli, todos bem dentro da proposta. É um filme leve, direcionado para um público jovem que entrega o que propõe, sem inventar muito. O ponto aqui é o amor e como ele dá voltas e surge dos lugares mais inesperados. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.
Sugestão: A dica desta semana para assistir em casa vai para Eric. Série em breve disponível na plataforma da Netflix, é um suspense psicológico que estreia dia 30 de maio estrelada por Benedict Cumberbatch. A história é sobre um ventríloquo que, após o desaparecimento de seu filho, cria uma teoria fantástica que inclui um monstro azul para tentar trazer o menino de volta. Tudo isso é um pano de fundo para contar a busca das pessoas por um lar, um local desejado e seguro.
