Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim. Essa é mais uma adaptação de um game que chega aos cinemas. Lançada em 2014 e criada por Scott Cawthon, essa franquia de jogos se tornou um grande sucesso em todo o mundo e é para esse público que o filme foi direcionado. Temos uma escolha complicada que foi tomada buscando os jovens fãs, mas que também deveria conseguir comunicar com quem não conhece esse universo e tudo isso, sem aumentar a indicação etária, buscando uma espécie de abordagem menos sangrenta como adaptação. Não se pode agradar a todos e aqui temos novamente essa comprovação. Com uma sessão lotada, os jovens vão ao delírio ao revisitarem os personagens, as ambientações e os bonecos animados, enquanto os desavisados sofrem com o tédio de um enredo que foca em um drama simplório, tantas vezes visto nos cinemas. A história é sobre um rapaz que passa por problemas financeiros e encontram uma oportunidade como o vigia noturno de uma pizzaria conhecida por ter robôs animados que brincam com as crianças. O que ele não poderia ter imaginado é que quando chega a noite os bonecos ganham vida, transformando-se em assassinos e partindo para a matança. No elenco temos Josh Hutcherson e a fofa Piper Rubio, assim como Elizabeth Lail e Matthew Lillard. Todos com carisma, mas sem espaço para desenvolver suas atuações. Com muitos problemas desde o início das filmagens, essa produção tem no direcionamento o maior desafio. É perfeitamente compreensível terem optado pelo drama do rapaz em detrimento do terror, ter buscado um público mais jovem e tudo mais, afinal, esse é apenas o primeiro filme e como sempre, precisa de mais explicações do que o necessário. Vai alcançar boa bilheteria, vai agradar aos fãs e abrir portas para continuações. Fica a dica de que tem cena pós-créditos. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
A outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é HYPNOTIC – AMEAÇA INVISÍVEL. Robert Rodriguez se firmou como um cineasta independente com produções interessantes e carrega um nome forte na indústria do cinema. Nesse filme, temos uma boa ideia para ser apresentada, mas com um orçamento significativo de 65 milhões, entram as armadilhas impostas pelos produtores e lidar com essa dinâmica, não tem sido bom para Rodriguez que entrega um suspense visualmente semelhante ao filme A Origem de Christopher Nolan, com um enredo que não parece ser tão original como foi divulgado. Não existe um problema nisso, mas torna o desafio muito maior por conta das comparações. O enredo é sobre um detetive que investiga uma série de roubos inusitados, e descobre que toda essa trama, pode desvendar o desaparecimento de sua filha. No elenco temos Ben Affleck, que parece estar apegado ao Bruce Wayne e não demonstra qualquer esforço em sua interpretação, William Fichtner e Jackie Earle Haley, com os mesmos personagens de sempre e Alice Braga, que parece ser a única realmente interessada em fazer um bom trabalho. Algumas sacadas são boas, como as cores que deixam em dúvida o que é realidade, cenas de ação, apesar de efeitos precários, e o contexto do suspense, mas isso só demonstra que existia um conceito, mas algo desandou. Foi um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos e perdeu tela já na segunda semana em boa parte do circuito exibidor. Vai tentar se salvar no streaming. Tem cena pós-créditos, mas sinceramente, não faz qualquer diferença. Ruim ver um diretor talentoso como Robert Rodriguez engessado. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
Sugestão: A dica para assistir em casa nesta semana vai para Maid. Baseada na obra Maid: Hard Work, Low Pay, and a Mother’s Will to Survive de de Stephanie Land, a série de 2021 se firmou como um dos maiores sucessos da Netflix e aborda um tema universal com profundidade e relevância. A personagem principal é baseada na vida da própria escritora que precisou fugir com a filha de uma convivência abusiva e enfrentar obstáculos dos mais diversos.








