Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Todo Tempo que Temos. Esse é um drama que explora temas de amor, perdas e o valor das pequenas lembranças. É um filme que busca um algo comum a todos e utiliza saltos no tempo para construir a narrativa. Como a série This Is Us, não temos uma linha de tempo e o próprio início já nos apresenta um pouco do final da história. O enredo é sobre um casal que, ao receber uma notícia inesperada sobre a saúde de um deles, decide fazer uma “lista de memórias” para viver intensamente o tempo que lhes resta juntos. É um dos filmes de drama e romance mais aguardados do ano e o roteiro busca retratar o impacto que essa jornada tem não só nos protagonistas, mas também nas pessoas ao redor deles. A atuação de Andrew Garfield é intensa, mas os olhares mesmo são voltados para Florence Pugh que possui o maior arco dramático. A direção de John utiliza cenas cotidianas e simbolismos para enfatizar o valor do tempo como algo precioso e pessoal. Difícil não chorar em um filme assim, além de gerar uma reflexão sobre a importância de viver o presente com as pessoas que amamos. É para quem aprecia uma narrativa introspectiva e cheia de sentimentos. Em resumo, é um filme tradicional quanto ao melodrama que busca um público amplo sem maiores novidades, mas intenso e com muito carisma e boas mensagens. Vale sim o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 14 anos.
Outra estreia desta semana nos cinemas é Som da Esperança: A História de Possum Trot. Produção da Angel Studios, os mesmos do filme Som da Liberdade e da série The Chosen, esse filme conta uma história real emocionante de força e fé que ocorreu a mais de 20 anos em que um casal de pastores locais, Bishop W.C. Martin e sua esposa, Donna Martin, que lideravam a pequena igreja de Bennett Chapel decidiram, mesmo não tendo condições financeiras, a ajudar crianças em situação de vulnerabilidade. Eles adotaram quatro crianças e compartilharam sua experiência de adoção com os membros da igreja, inspirando outras famílias da comunidade de Possum Trot a fazer o mesmo, resultando em cerca de 70 adoções ao longo dos anos. É um drama da vida real com foco na fé e doação. Letitia Wright, de Pantera Negra, foi quem apostou nessa história e possibilitou levar aos cinemas essa lição de vida e compaixão. Tecnicamente é um filme simples, sem grandes atores ou inovações, mas isso não importa. O real propósito foi contar essa jornada que uma comunidade, mesmo em uma cidade muito pequena e sem recursos, decidiu aceitar um desafio nobre e transformador. É um filme emocionante, bem na linha da Angel Studios que aposta na mensagem, independentemente de como é contada, mas faz dentro do possível um filme honesto e bem-intencionado. Vale muito o ingresso e a indicação etária é recomendada para maiores de 14 anos.
A última estreia nos cinemas desta semana em Nova Friburgo é Terrifier 3. Esse é o tradicional terror Slasher que utiliza baixos orçamentos, mas faz boas bilheterias. Só para exemplificar o primeiro filme da franquia de 2016, teve um orçamento estimado de apenas 100 mil dólares enquanto esse terceiro filme, com 2 milhões de dólares já arrecadou mais de US$ 50 milhões nas bilheterias em todo o mundo. Gostemos ou não desse tipo de terror, essa é uma fórmula de sucesso. O palhaço Art está de volta às telas para continuar sua onda de caos e carnificina. Seguindo a linha brutal e explícita dos filmes anteriores, este capítulo não economiza nos efeitos práticos e no gore, entregando um espetáculo visualmente perturbador de terror extremo. O filme aprofunda a mitologia de Art e explora um pouco mais da natureza sádica e sobrenatural do personagem, adicionando mais camadas de mistério. A direção de Damien Leone continua fiel ao estilo cru e aterrorizante que caracteriza a franquia, com cenas de violência cuidadosamente coreografadas. O ator David Howard Thornton, que interpreta Art, traz uma fisicalidade assustadora e cômica ao mesmo tempo aumentando a tensão e a mística sobre o personagem. Indicado para os fãs de horror Slasher que apreciam um terror sem limites e cenas de violência explícita. Não é um filme para os fracos de coração, mas entrega o que promete, consolidando Art, o Palhaço, como um dos vilões mais icônicos do terror contemporâneo. A indicação etária é para maiores de 18 anos.
A dica desta semana para assistir em casa vai para O Dublê. Filme lançado recentemente que faz uma homenagem a profissão de dublê com bom humor e muitas cenas de ação, como não poderia ser diferente. Estrelado por Ryan Gosling, com as presenças de Emily Blunt, Hannah Waddingham, Teresa Palmer e Lee Majors, entre outros, este longa entrega uma história leve, mas cheia de adrenalina, e destaca o mundo muitas vezes perigoso e pouco reconhecido dos dublês de cinema. O filme aproveita o talento cômico de Gosling, que mistura ação e ironia, criando um personagem carismático e atrapalhado, enquanto Emily Blunt traz uma química divertida e cheia de energia como sua parceira nas aventuras. Disponível na Prime Video a partir de 3 de novembro para assinantes.