A Cura significa um retorno à Unidade. É reconectar e reintegrar nossas partes que foram separadas, através do Amor, do Perdão, da Aceitação e da Liberdade.
Cada vez que reconectamos (relembramos) estas partes estamos restaurando nossa integridade, o que nos torna iluminados, puros, cada vez mais autênticos e sublimados em nossa Luz. Estar curado é estar em nossa Unidade. Assim, corpo, emoção, mente e espírito devem estar reconectados para que alcancemos nossa totalidade.
Para nos curarmos devemos, portanto, reconstruir nossa unidade, trazendo de volta e nos unindo a todas as nossas partes separadas. Toda doença é uma perda da unidade, e estará basicamente associada à dissociação das seguintes parcelas de nossa consciência: ï‚·
-Corpo, mente, emoção e espírito
-Partes psíquicas recortadas, rejeitadas, reprimidas
-Experiências negativas recortadas, negligenciadas, rejeitadas e esquecidas
-Personalidades apartadas e em desajuste
Existem vários métodos para alcançar esta cura. Afinal, nossa própria vida é uma Cura. No nível físico, podemos dizer que reconstruímos nossa unidade corpórea com cirurgias. Nossa unidade emocional pode ser reparada com terapias. Nossa unidade espiritual pode ser reparada pelo serviço, pela Fé e pela devoção. E nosso corpo mental pode ser restaurado com novas imagens.
Na visão holística, qualquer ruptura entre o indivíduo e ele mesmo, o indivíduo e o mundo familiar, o indivíduo e o mundo planeta, o indivíduo e o mundo cósmico, ou o indivíduo e o mundo espiritual, irá requerer reparos nesta corrente. Infelizmente, este entendimento continua a ser negligenciado pelos sistemas de cura do mundo, que buscam cuidar apenas dos sintomas e não de suas causas. Um verdadeiro e profundo método de cura deve abraçar todas estas questões, de forma a paulatinamente irmos reconstruindo-nos parte a parte. Quando relembramos nossa história e quem somos, ocorre uma reação em cadeia que reestrutura e cura toda a família humana e todo o Cosmo.
A função das terapias, e de todo ser humano em seu processo de cura, é o de auxiliar na aquisição da liberdade interior, indo além do que está pré-estabelecido no eixo horizontal da materialidade, para aumentar nossa capacidade de recriar e criar no eixo vertical da espiritualidade. Isto é possível através das imagens.
Subir é sempre o caminho da cura, ou seja, quando nos curamos, nos deslocamos no eixo vertical da espiritualidade sempre para o alto, e não no eixo horizontal de “ação e reação” da matéria. Trabalhar com as imagens é iniciar numa viagem profunda e experimental em nossa própria universalidade interior. Saúde e Integridade = Re-membrar, Re-lembrar, Re-compor, Re-estruturar, Re-integrar Doença e Separatividade = Des-membrar, Des-memoriar, De-compor, Des-estruturar, Des-integrar
No eixo horizontal da materialidade estão atrelados todos os nossos pensamentos, crenças, lembranças, sentimentos, projeções e atitudes que nos tornam resistentes à mutabilidade natural da vida, e assim, nos tornamos doentes. Cercados por tudo isso, vamos formando uma concha rígida de princípios e valores, que com o passar do tempo (estamos no eixo da linearidade temporal) vai se tornando cada vez mais resistente e difícil de ser rompida. Neste eixo, quando em sintonia com a mudança, vivenciamos um eterno paradoxo: queremos nos tornar diferentes para nos tornarmos iguais (unidade), e quanto mais autossuficientes nos tornamos, mais submetidos á realização de objetivos e presos às normas que regem a sociedade estaremos.
O eixo vertical de espiritualidade é onde nos despersonalizamos. Estamos no nível do não julgamento, da não conceituação (certo e errado, gostar e desgostar, bem e mal), da não análise. Não há comentários, somos testemunhas, temos maior flexibilidade e aprendemos a fluir com as mudanças.
Quando estes eixos estão em pé de igualdade, nos abrimos para as mudanças e a renovação, a libertação e a fluidez. Rompemos então os limites que nos aprisionam ao ciclo repetitivo da linearidade do tempo, da roda das encarnações, e do Karma.