Os 4 Níveis da Cura

22/09/2019 21:09:20
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Se partirmos do princípio que estamos vivenciando um plano de vida expiativo, num processo contínuo de evolução e crescimento consciencial, compreenderemos que estamos num processo de cura constante. Nossa vida, não só no plano da matéria, como também nos planos espirituais, é uma cura. Falar de cura sem apreender este conceito é simplesmente continuar buscando o entendimento de mecanismos e funções do corpo, sem dar o devido valor à consciência que o conduz e o movimenta, imprimindo um sentido e uma qualidade única a este corpo, dando-lhe vida e substância.

Ainda não existe em nosso plano de vida ninguém que seja totalmente saudável ou totalmente doente, devido não só às próprias condições enfermiças do planeta que habitamos, como também à nossa própria condição evolutiva individual. A doença, tanto quanto a morte, é algo que todos um dia vamos enfrentar. Não se pode escapar disso, por mais que queiramos. No entanto, vamos compreender, durante o andamento deste curso, que este mesmos conceitos são a chave da libertação da alma, rumo ao seu crescimento e à sua perfeição. “Doença” e “Cura” passam a ser conceitos gêmeos quando entendemos profundamente o seu significado.

            O ser Humano é composto de um complexo sistema de corpos, ou níveis de consciência, os quais atuam em conjunto, sendo que cada parte isolada corresponde a um aspecto desta mesma consciência. É a consciência primordial que comanda todos os outros níveis, inclusive o funcionamento dos corpos relacionados a estes níveis até chegarmos ao nível físico. O corpo físico, portanto, é o somatório destes corpos, sendo a parte concreta de manifestação de nossa alma, no nível da terceira dimensão, e por isso também chamado de corpo somático.

            Ora, se conseguimos compreender que o corpo não pode atuar sem o comando desta consciência, e se todos os nossos aspectos se manifestam no corpo material, podemos também deduzir que a doença é uma manifestação do desajuste desta consciência em um ou mais níveis. E que esta doença é manifestada em nosso corpo como um sintoma, que gera dor e sofrimento, mostrando-nos, em linguagem própria, que algum aspecto de seu ser necessita cuidado e atenção. Quer queiramos ou não, a doença nos obriga a freiar determinados comportamentos e afazeres, forçando-nos o foco em seu sintoma específico.

O sintoma é a linguagem de nosso corpo. Ele mostra, de forma clara, que algo não vai bem. Mas, este algo, como até então se acredita na medicina ortodoxa, não é algo externo, e sim interno, e como vimos, se remete à profundidade de nossa consciência. O sintoma é o nosso mestre incorruptível. Ele nos ensina, às vezes a duras penas, com sua linguagem própria, o que deve ser corrigido em nosso ser total. Mais do que qualquer médico ou curador, o sintoma é quem melhor nos conhece, e sabe exatamente o que deve ser feito para corrigir determinada desarmonia de nosso conjunto psicossomático. Apenas não sabemos como interpretar esta linguagem. Portanto, neste aspecto, a doença física é a manifestação sintomática em nosso corpo somático que deriva de uma desordem ao nível profundo da alma. Portanto, ela é uma tentativa de correção deste desajuste. Podemos compreender então que a doença é a nossa cura, e o que chamamos de doença nada mais é do que um sintoma desta doença consciencial que no corpo se manifesta.

Nosso corpo físico é a manifestação concreta de nossa alma. Ele apenas se movimenta, ou funciona, quando nosso princípio energético, ou corpo espiritual, está a ele conectado. Todos nós temos plena consciência disso, ao observarmos um cadáver, ou mesmo quando experimentamos os processos de desdobramento corpóreo ou transe muito profundos. Nossa consciência primordial, ou princípio espiritual, é o responsável por dar-lhe forma e vida, em todas as suas múltiplas complexidades funcionais. Sem a alma, nosso corpo passa a ser apenas um aparelho imóvel e sem qualquer função.

            Portanto, é correto concluirmos que qualquer processo de doença, seja em maior ou menor gravidade, é uma manifestação de um desajuste ao nível psicossomático, ou seja, é a exteriorização ao nível físico da desarmonia individual da própria alma em seus aspectos físico, emocional, mental e espiritual, que busca a sua cura consciencial através da doença. Em outras palavras, à medida em que a dor e a doença promovem uma expansão da consciência, elas são a nossa cura. A doença tem um único objetivo: levar-nos à perfeição. Conquistamos nossa iluminação progredindo espiritualmente através da doença e da dor.

            Por ser a representação somática dos outros 4 níveis, nosso corpo físico registrará todos os sintomas de desequilíbrio destes níveis. Assim, ele se torna um mapa de nossa consciência a ser explorado. Cada região de nosso corpo tem uma história, uma voz oculta que nos orienta e nos direciona para a reformulação de nossa moral. Em cada zona, estão registrados e acumulados todos os fatores representativos da doença. Á medida em que aprendemos a ouvi-lo, aprenderemos como eliminar as causas das dores que nos acometem ao nível físico, sem o uso de paliativos que mascarem ou inibam a manifestação dos sintomas, orientadores da cura. Redescobrir esta linguagem é encontrar a fórmula para manter a saúde e a harmonia em todos os níveis de existência.

            Começamos então a compreender que não basta cuidar do corpo puramente em seu aspecto funcional. Aprender a cuidar do corpo é algo que vai mais além. Temos que aprender a desenvolver e a curar cada um dos níveis, e isso é um trabalho para toda a vida. Porque em cada fase de maturação psíquica, algum fator desarmonizador surgirá, nos impelindo a rever, reavaliar e reestruturar nosso Ser.

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