E seguimos com nossa saga dos discos de vinil. Pra matar a saudade a coluna traz esse LP icônico, único e muito especial. Ele faz parte da minha coleção, é um dos que mais gosto por sua imponência e proposta futurista. Quem não se lembra de “loiras geladas e olhas 43? Produzido por Mazola, o disco foi gravado no Palácio das Convenções do Anhembi em São Paulo, nos dias 26 e 27 de maio de 1986. Na formação da banda, Paulo Ricardo, voz e baixo, Fernando Deluqui, Guitarra e vocais, Paulo Paguini, bateria e Luiz Schiavon, piano.
Mixado em sistema digital Mitsubishi, alta tecnologia na época, o LP traz canções enigmáticas como revoluções por minuto, alvorada voraz, rádio pirata e a inebriante olhar 43. Com um som pesado, super trabalhado e com uma pegada forte, o disco foi um fenômeno musical. Na capa o detalhe fica por conta da censura no lado esquerdo superior: “proibido a radiodifusão pública da música revoluções por minuto”.
Um pouco da banda RPM
Foi uma história louca e muito rápida! Logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian. Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. A esta altura, Paulo Ricardo já estampa diversas capas de revistas.
O show Rádio Pirata Ao Vivo envolvia 14 toneladas em equipamentos de som e luz. Uma carreta transportava a parafernália pelo país. A montagem do palco era feita por uma equipe técnica formada por 30 pessoas e 10 horas de trabalho. Em um ano e quatro meses, a turnê passou por 200 cidades, por todos os estados, totalizando um público de 3 milhões de pessoas. RPM foi uma grande febre. Um fenômeno musical, uma marca, um símbolo de rebeldia, liberdade e juventude.







