WILLIAN HOTTZ CUMPRIRÁ PENA EM REGIME FECHADO; MÃE E PADRASTO DA VÍTIMA DIVULGAM CARTA: “JUSTIÇA” –
Willian Hottz da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri, no município de Sumidouro, pelos crimes homicídio doloso – quando há intenção de matar por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima – feminicídio e porte ilegal de arma. A sentença foi anunciada nesta segunda-feira, 11/9.
Ele cumprirá pena de 20 anos e oito meses em regime fechado e ainda R$ 50 mil à família da vítima por reparação de dano.
Em fevereiro deste ano, ele matou a farmacêutica Yasminny Couto Ribeiro, 28 anos, por não aceitar o fim da relação com a ex-namorada. Ele confessou o crime logo após ser capturado, horas após matar a farmacêutica na localidade de Campinas, zona rural de Sumidouro. A vítima foi morta a tiros.
CARTA DA MÃE E PADRASTO DE YASMINNY: “JUSTIÇA”
“Esta mensagem é para informar a parentes, amigos, conhecidos e a toda comunidade de Sumidouro que o assassino da nossa Yasmminy foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.
Ele foi condenado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima, feminicídio e porte ilegal de arma. Ele ceifou a vida de uma mulher de 28 anos, no auge da sua vida.
O dia de hoje foi cheio de dor e angústia. Foi de choro e saudade. A condenação não trará nossa filha de volta. Ela se foi pois um homem achou ser dono da vida dela. Isso é revoltante.
Nossas vidas foram transformadas e seguirão marcadas por esta tragédia. Rezamos para que seja o início do restante das nossas trajetórias neste mundo, pois, até aqui, fomos enterrados no mesmo dia que a nossa Yasminny.
Agradecemos à promotora Sheila Cristina Vargas Ferreira, do Ministério Público, por levar o caso a julgamento, e à consequentemente condenação, em tempo recorde, após sete meses desse crime bárbaro ter ocorrido.
Assim como agradecemos ao defensor público Rodrigo Pacheco, que serviu como representante da família e assistente de acusação. Sua defesa da memória e honra da nossa filha será lembrada com muito carinho. Uma menção ao Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), que prestou toda assistência psicológica e jurídica logo após o crime.
Que a gente viva para lembrar Yasminny, exalta-la e para seguir fazendo justiça pelo seu nome. Pelo que ela representa. Te amamos, filha. Pra sempre.
. Nilda Agostinho, mãe de Yasminny
. José Carlos Arruda, padrasto