O aumento do percentual de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, pode causar problemas em veículos a gasolina produzidos antes da década de 90. A nova mistura, que passa a valer a partir de 16 de março, vai ser aplicada para a gasolina comum e a aditivada.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Edson Orikassa, esses carros podem apresentar alterações em materiais de borracha, como mangueiras de combustíveis, além de plásticos e metais, que podem se oxidar com o etanol.
“Nos últimos anos, houve uma melhora grande desses materiais, mas pode ser que os veículos antigos ainda estejam sem a tecnologia para se proteger desse ataque”, disse.
Nesses casos, a recomendação é que, até a conclusão de todos os testes, a gasolina utilizada seja a do tipo Premium, que não sofrerá aumento do percentual de álcool na mistura, mas é mais cara.
Outro problema são os carros importados com motor a gasolina. Segundo Oliveira, a maior parte dos veículos modernos é capaz de se adaptar à nova mistura, mas ainda não há estudos que comprovem o efeito da mudança na durabilidade desses carros.
Nos carros com motor flex, que representaram cerca de 88% dos veículos novos licenciados no ano passado, a mudança não terá nenhum impacto.