A cada quatro anos, as brasileiras se consolidam cada vez mais como a maioria do eleitorado brasileiro. E a diferença entre as quantidades de títulos delas e dos homens nunca foi tão grande quanto neste ano.
Em março, período com dados mais atualizados disponíveis, as mulheres possuíam 78,4 milhões de títulos – 8,5 milhões mais do que os homens (69,8 milhões). É o que aponta um levantamento feito com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O tribunal deve divulgar um balanço com números de novos títulos atualizados até as 23h59 da quarta-feira, 4/4, prazo final para o eleitor regularizar a sua situação perante a Justiça Eleitoral a tempo de participar das eleições deste ano, em outubro.
De acordo com os números consolidados até o fim de março, as mulheres representavam 53% do eleitorado apto a votar; os homens são 47%. Essa diferença de seis pontos percentuais tem crescido a cada eleição presidencial.
Entre os grupos para quem o voto é, por lei, facultativo, isto é, pessoas das faixas etárias de 16 a 17 anos e acima dos 70 anos, essa discrepância é ainda mais acentuada: as mulheres são 56% e os homens, 44% do eleitorado.
DIFERENÇA EM ALTA
Dados relativos a eleições presidenciais passadas evidenciam o aumento do peso do voto feminino no Brasil.
Em 2002, por exemplo, as mulheres respondiam por um contingente de 58,6 milhões de eleitoras, o que equivalia a 51% do universo apto ao voto; os homens eram 56,4 milhões (49% do total).
Quatro anos depois, esses percentuais subiram para 51,5% (mulheres) e 48,5% (homens).
Com o passar dos pleitos presidenciais, houve uma evolução até, em 2018, as mulheres atingirem o patamar de 52,5% do eleitorado apto ao voto (77,3 milhões de títulos) ante 47,5% dos homens (69,8 milhões).