Mesmo oferecendo promoções, o comércio popular já sente os efeitos da crise econômica brasileira. Em Nova Friburgo, lojistas relatam que a queda nas vendas chegou a 50% no primeiro semestre deste ano.
Segundo os próprios comerciantes e analistas do setor, o quadro negativo é causado pela piora no mercado de trabalho e alta da inflação – que consome a renda disponível do consumidor, sem dinheiro nem crédito sequer para os gastos menores. O achatamento da renda dos brasileiros e o medo do desemprego são os grandes vilões.
O faturamento é afetado ainda pela alta dos alugueis e pela escalada do dólar, já que boa parte das mercadorias é importada da China. Isso acaba elevando o preço final dos produtos.
Normalmente, quem vende barato demora a sofrer quando a economia vai mal, já que a tendência do consumidor é cortar primeiro as despesas maiores. Agora, no entanto, nem a lembrancinha escapa do período de seca, o que tem levado ao fechamento de lojas e corte de vagas.
Segundo analistas, a tendência é que o movimento continue fraco, à espera de alguma recuperação só no Natal, data mais importante para o setor.
“Aqui já está todo mundo no vermelho”, resume um comerciante friburguense. “Tem muito comerciante jogando a toalha”, acrescenta.