CORPO CELESTE TEM A SUA MAIOR APROXIMAÇÃO DA TERRA E SÓ VOLTARÁ A SER OBSERVADO DAQUI 1300 ANOS –
O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto em janeiro deste ano pelo observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), está em seu auge de brilho e pode ser observado do Brasil e de outras partes do mundo nesta semana.
Segundo projeções astronômicas, o corpo celeste alcançou esta semana a sua maior aproximação da Terra, a cerca de 90 milhões de quilômetros, antes de seguir em direção ao Sol.
🌠 ENTENDA: Na prática, isso significa que o astro está no ponto máximo de brilho e visibilidade, pois a luz solar reflete com mais intensidade em sua superfície gelada.
Depois de contornar o Sol, no início de novembro, o cometa deve se afastar cada vez mais até desaparecer do alcance dos telescópios, e só voltará a passar por aqui daqui a cerca de 1.300 anos.
De acordo com a Royal Astronomical Society, o Lemmon é o cometa mais fácil de ver em 2025, em ambos os hemisférios.
COMO OBSERVAR
Até o final de outubro, o cometa estará visível em melhores condições para o hemisfério Norte. Mas, segundo Hickel, o “jogo vira” nos próximos dias.
“A partir do dia 27 ou 28, todo o Brasil deve ter boas chances de ver o Lemmon logo após o pôr do Sol. Ele vai aparecer próximo aos planetas Mercúrio e Marte e à estrela Antares, na constelação de Escorpião”, explica.
O brilho pode variar conforme a quantidade de gás e poeira que o cometa liberar ao se aquecer.
“Se as taxas de ejeção se mantiverem altas, poderemos ter uma visão memorável, especialmente perto do dia 8 de novembro, quando ele atinge o periélio”, diz Hickel, referindo-se ao ponto de maior proximidade com o Sol.
Com binóculos ou telescópios, o Lemmon deve aparecer como um ponto esverdeado com cauda tênue. A coloração vem dos gases como cianogênio e carbono diatômico, típicos de cometas ativos.
👀 Em áreas rurais ou com pouca iluminação, dá até para tentar vê-lo sem equipamento, como um ponto discreto e levemente difuso, diferente das estrelas ao redor.
A passagem do Lemmon coincide ainda com outro espetáculo celeste: a chuva de meteoros Orionídeos, ativa entre 2 de outubro e 7 de novembro, com pico também nesta semana.
O fenômeno ocorre quando a Terra cruza fragmentos deixados pelo cometa Halley, que visita o entorno do nsso planeta a cada 75 anos, sua próxima aparição está prevista para 2061.
Durante a chuva, pequenas partículas entram na atmosfera terrestre a grande velocidade e produzem os riscos luminosos conhecidos como “estrelas cadentes”.
Em noites de céu limpo, é possível ver dezenas delas por hora.
Astrônomos recomendam procurar locais afastados das luzes da cidade e dar tempo aos olhos para se adaptar à escuridão.












