Cometa Lemmon pode ser visto a olho nu no Brasil

23/10/2025 09:07:43
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CORPO CELESTE TEM A SUA MAIOR APROXIMAÇÃO DA TERRA E SÓ VOLTARÁ A SER OBSERVADO DAQUI 1300 ANOS –


O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto em janeiro deste ano pelo observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), está em seu auge de brilho e pode ser observado do Brasil e de outras partes do mundo nesta semana.


Segundo projeções astronômicas, o corpo celeste alcançou esta semana a sua maior aproximação da Terra, a cerca de 90 milhões de quilômetros, antes de seguir em direção ao Sol.


🌠 ENTENDA: Na prática, isso significa que o astro está no ponto máximo de brilho e visibilidade, pois a luz solar reflete com mais intensidade em sua superfície gelada.


Depois de contornar o Sol, no início de novembro, o cometa deve se afastar cada vez mais até desaparecer do alcance dos telescópios, e só voltará a passar por aqui daqui a cerca de 1.300 anos.


De acordo com a Royal Astronomical Society, o Lemmon é o cometa mais fácil de ver em 2025, em ambos os hemisférios.


COMO OBSERVAR
Até o final de outubro, o cometa estará visível em melhores condições para o hemisfério Norte. Mas, segundo Hickel, o “jogo vira” nos próximos dias.


“A partir do dia 27 ou 28, todo o Brasil deve ter boas chances de ver o Lemmon logo após o pôr do Sol. Ele vai aparecer próximo aos planetas Mercúrio e Marte e à estrela Antares, na constelação de Escorpião”, explica.


O brilho pode variar conforme a quantidade de gás e poeira que o cometa liberar ao se aquecer.


“Se as taxas de ejeção se mantiverem altas, poderemos ter uma visão memorável, especialmente perto do dia 8 de novembro, quando ele atinge o periélio”, diz Hickel, referindo-se ao ponto de maior proximidade com o Sol.


Com binóculos ou telescópios, o Lemmon deve aparecer como um ponto esverdeado com cauda tênue. A coloração vem dos gases como cianogênio e carbono diatômico, típicos de cometas ativos.


👀 Em áreas rurais ou com pouca iluminação, dá até para tentar vê-lo sem equipamento, como um ponto discreto e levemente difuso, diferente das estrelas ao redor.


A passagem do Lemmon coincide ainda com outro espetáculo celeste: a chuva de meteoros Orionídeos, ativa entre 2 de outubro e 7 de novembro, com pico também nesta semana.


O fenômeno ocorre quando a Terra cruza fragmentos deixados pelo cometa Halley, que visita o entorno do nsso planeta a cada 75 anos, sua próxima aparição está prevista para 2061.


Durante a chuva, pequenas partículas entram na atmosfera terrestre a grande velocidade e produzem os riscos luminosos conhecidos como “estrelas cadentes”.


Em noites de céu limpo, é possível ver dezenas delas por hora.


Astrônomos recomendam procurar locais afastados das luzes da cidade e dar tempo aos olhos para se adaptar à escuridão.

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