Conselho de Ética aprova cassação de Glauber Braga e palavra final é do plenário da Câmara

09/04/2025 20:56:59
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DEPUTADO FRIBURGUENSE ANUNCIA GREVE DE FOME E VIGÍLIA ATÉ FINAL DO PROCESSO –


O Conselho de Ética da Câmara recomendou ao plenário da Casa Legislativa a cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).


A votação no conselho, nesta quarta-feira, 9/4, foi de 13 votos pela cassação e 5 contra.


O deputado friburguense disse que iniciou uma greve de fome e vigília no interior da Câmara até o desfecho do processo.


Glauber é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao expulsar, aos chutes e empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do interior da Câmara, em abril de 2024.


A decisão do órgão, que concluiu por maioria de votos que houve quebra de decoro, deverá ser encaminhada ao plenário da Casa, a quem cabe a palavra final sobre o futuro do parlamentar.
Antes de o caso ir ao crivo do conjunto dos deputados, Glauber Braga poderá, ainda, apresentar recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nos próximos dias.


Para que Glauber perca efetivamente o mandato, a recomendação do Conselho de Ética precisará ser aprovada pelo plenário da Câmara por, no mínimo, 257 dos 513 deputados. Ainda não há data para que a análise ocorra.


O veredito do Conselho de Ética seguiu entendimento apresentado pelo relator do caso, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Em seu voto, ele concordou com a denúncia apresentada pelo Partido Novo contra Glauber Braga e disse não ter “dúvidas” de que as agressões ocorreram.


Glauber Braga critica o parecer de Magalhães. O parlamentar afirma que o relator é “parcial” e que todo o teor do voto já estava sacramentado muito antes de o processo ter seguimento no Conselho de Ética.


Ele também acusa o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) de interferir na condução do processo – Glauber e Lira entraram em rota de colisão depois de o deputado friburguense denunciar supostas irregularidades na distribuição de emendas parlamentares.


Glauber diz que o caso está sendo usado contra ele como “desculpa para calar quem se manifesta contra o escândalo do orçamento secreto”.

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