Quantas vezes você já bocejou hoje? Está se sentindo cansado? Se as respostas indicarem que as horas de sono não são prioridade na sua rotina, cuidado. Não dormir adequadamente causa sérios danos à saúde — de alteração do humor a doenças como hipertensão. Na data de hoje, o Dia Mundial do Sono, especialistas alertam a população dos riscos da insônia e outros problemas relacionados.
Os distúrbios do sono já atingem cerca de 45% da população do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde, o que configura uma epidemia.
Um dos transtornos mais comuns é a insônia, a dificuldade para iniciar e manter o sono. Outro problema recorrente é a apneia, pausas respiratórias durante a noite.
Para avaliar a qualidade do sono e diagnosticar se há distúrbio, indica-se o exame de polissonografia, que pode ser feito em casa ou no laboratório e monitora as variáveis do sono, como atividade cerebral, cardíaca, respiratória e a arquitetura do sono.
O indivíduo que dorme menos de seis horas por noite tem quatro vezes mais chance de morte. Não se pode abrir mão do sono. Essa conta vai ser paga um dia.
Ansiedade e estresse causam insônia
Segundo a Associação Mundial de Medicina do Sono, três elementos são essenciais para a boa qualidade do sono: a duração, que deve ser suficiente para que se sinta descansado e alerta no dia seguinte; a continuidade: o período de sono não deve ter interrupções; e a profundidade: deve ser profundo para ser restaurador.
Muitos aspectos podem levar a um quadro de insônia, como problemas emocionais, ansiedade e estresse. Além desses, os estímulos externos, como barulho ou temperatura inadequada, prejudicam a qualidade do sono.
Alerta: o uso indiscriminado de medicação para insônia pode causar dependência. Muitas vezes, essa medida não é necessária. Depois, não se dorme com ou sem a medicação. Tem que entender o que está causando o problema, tentar mudar hábitos, como horário desregulado e consumo de cafeína .
Se o uso for necessário, a orientação médica é indispensável.
Consequências
O sono de má qualidade pode causar irritabilidade, memória ruim, baixa imunidade, falta de reflexos e de atenção.
A longo e médio prazos, não priorizar o sono pode aumentar os riscos de hipertensão, diabetes, sobrepeso, enfarte e depressão.
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