Apenas quatro meses depois de dar à luz Charlotte Diana, Kate Middleton pode estar à espera do terceiro herdeiro. De acordo com a revista britânica “Star”, a duquesa de Cambridge está grávida novamente do príncipe William. Ele teria dito que a notícia é uma “surpresa maravilhosa”. Segundo médicos, dar um intervalo de tempo tão curto entre uma gestação e outra pode ser perigoso, uma vez que é preciso respeitar o período de cicatrização do útero após o nascimento de um bebê.
— No caso de cesariana, o ideal é esperar um ano e meio, pelo menos, entre um parto e outro. Para quem teve parto normal, como não houve corte no útero, o intervalo pode ser de um ano — diz o ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler, do Hospital Universitário Antônio Pedro (UFF) e do Hospital dos Servidores do Estado. — De qualquer forma, estudos mostram que ter um filho logo após o outro aumenta o risco de parto prematuro e abortamento.
Ruptura uterina pode levar o feto à morte
Segundo a ginecologista e obstetra Vera Fonseca, conselheira e coordenadora da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj), mulheres que foram submetidas à cesariana e engravidaram logo depois devem fazer parto cirúrgico novamente, para minimizar o risco de ruptura uterina.
— Caso a gestante opte pelo parto normal, o risco de isso acontecer é maior. Pode ocorrer a morte do feto e até da mãe, por hemorragia, caso o diagnóstico não seja realizado rapidamente — explica.
Dar um intervalo de tempo razoável entre uma gravidez e outra é importante também para que a mulher possa se dedicar à amamentação da criança que já nasceu.
— É importante que a paciente se consulte com o ginecologista após o parto, para ser orientada sobre o uso de anticoncepcional, que pode não ser o mesmo que ela utilizava antes — afirma Stockler.
Amamentação diminui a fertilidade
A amamentação exclusiva faz com que a ovulação fique irregular. Assim, diminui as chances de gravidez, mas não pode ser considerada um método contraceptivo confiável.
— Pode ser que, em um dia em que a mulher reduza a frequência das mamadas, ocorra a ovulação — esclarece Vera Fonseca.
Os métodos contraceptivos devem começar a ser usados seis semanas após o parto, exceto o DIU, que pode ser posicionado no útero nas primeiras 48 horas depois do nascimento do bebê.
A retomada da atividade sexual não é indicada nas seis primeiras semanas pós-parto.
— Os tecidos vaginais estão sensíveis, e o sexo não é confortável para a mulher. Também existe um risco maior de infecções — diz Stockler.
Durante a amamentação, só é permitido o uso de pílulas anticoncepcionais à base de progesterona. Medicamentos com estrogênio podem diminuir a produção de leite.
Fonte: http://extra.globo.com/