O consumo de produtos naturais é imprescindível para quem busca uma alimentação saudável. Mas isso não significa que eles podem ser consumidos sem moderação. Para quem tem diabetes, por exemplo, o índice glicêmico das frutas deve ser bem monitorado.
O índice glicêmico é definido a partir da comparação dos efeitos fisiológicos de alimentos contendo carboidratos, em relação à sua composição química. Essa taxa se relaciona com as respostas hormonais do corpo mediante a ingestão de determinados alimentos.
Como o índice glicêmico afeta o organismo
Os alimentos podem conter índice glicêmico (IG) alto ou baixo. Mas de que forma isso interfere no organismo? Os do primeiro grupo aceleram as flutuações de insulina e glicose no corpo. Como consequência, diminuem a sensação de saciedade – a fome volta mais rápido – e causam consumo calórico excessivo.
Já no caso dos alimentos do segundo grupo, com baixo IG, ocorre o processo oposto: a liberação de insulina e glicose é lenta e gradual na corrente sanguínea. Assim, proporcionam um aumento de oxidação da gordura, reduzem a lipogênese (síntese de ácidos graxos e triglicérides) e, consequentemente, aumentam a saciedade.
É importante ter atenção ao IG, pois o consumo de muitos alimentos – inclusive frutas – com índice elevado acaba acelerando o aumento as taxas de glicose no sangue e, eventualmente, pode levar a uma desregulação da glicose sérica. Esse problema é chamado de hiperglicemia.
Ela ocorre quando o corpo possui pouca insulina produzida pelo pâncreas ou quando o corpo não consegue utilizar a insulina adequadamente. Neste quadro, são observados também altos níveis de açúcar na urina, vontade recorrente de urinar e, consequentemente, aumento da sede. É o caso dos portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2.
É importante manter uma alimentação balanceada e bem equilibrada. Os excessos sempre devem ser evitados, independente do alimento em questão. Essa é a melhor forma de evitar problemas.
Fique atento ao índice glicêmico das frutas
As frutas nem de longe são as principais vilãs da dieta – muito pelo contrário, são boas aliadas. Mas não se pode esquecer que elas também contém carboidratos em sua composição. As que contêm IG mais alto (acima de 70) são o abacaxi, a banana, a manga, a melancia, o mamão papaia e o melão.
Por isso, vale ter atenção às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda a ingestão de cinco porções (o equivalente a 400 gramas) ao dia de frutas, legumes e verduras. É o mínimo necessário para deixar o organismo resistente e protegido de doenças. Mas a quantidade ideal varia muito para cada indivíduo.
A recomendação varia, justamente, de acordo com o sexo, a altura, o peso, o nível de atividade física e o fato de o indivíduo ser portador ou não de determinadas doenças. No caso dos diabéticos, segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, o plano alimentar deve ser rico em fibras, vitaminas e minerais.
O consumo de frutas fica em torno de duas a quatro porções, sendo que pelo menos uma delas precisa ser rica em vitamina C. Seguir essas dicas pode exigir algumas adaptações na dieta, mas o resultado para a sua saúde compensa.
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