Friburgo: Assassino de ex-companheira é condenado a 15 anos de prisão

15/12/2023 08:06:54
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FAMÍLIA DA VÍTIMA VAI LUTAR PARA AUMENTAR A PENA DO ACUSADO –


Por Isabella Chaboudt, g1 — Nova Friburgo


João Carlos Hottz, acusado de matar a ex-companheira, Marcelle Oliveira, de 36 anos, em fevereiro de 2022, em Nova Friburgo, foi condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado.


O julgamento do caso ocorreu na terça-feira, 13/12, no Fórum de Nova Friburgo e durou cerca de cinco horas. Durante o julgamento, João Carlos Hottz confessou o crime.


A condenação do réu foi por homicídio qualificado, dentro da lei do feminicídio, por motivo torpe e meio cruel.


O crime ocorreu no dia 14 de fevereiro em Mury. Marcelle, que trabalhava como cuidadora de idosos, estava indo para o trabalho quando foi morta e teve o carro incendiado.


O laudo da perícia apontou que o assassino colocou gasolina no corpo de Marcelle e colocou fogo. Depois, ainda com ela viva, ele asfixiou e deu oito golpes com um canivete, que foram a causa da morte.
A família relatou que o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso no dia seguinte do crime, em um hospital de Teresópolis, onde deu entrada após tentar se envenenar, segundo a polícia.


RECURSO PARA AUMENTAR A PENA
No julgamento, o assassino confirmou os fatos narrados, mas, quando questionado sobre os detalhes do crime, ele não quis falar.


Nesse caso, a pena máxima poderia ser de 30 anos, mas, com a confissão, cairia para 25 anos. Com a condenação do réu em 15 anos, a família e o Ministério Público recorreram à decisão para aumentar a pena do condenado.


“A juíza dar 15 anos de prisão pra esse assassino, pra esse monstro, que tirou a vida de uma pessoa sensacional, cheia de vida e planos, que tinha tudo pra ir pra frente. Quinze anos pra um assassino que fez o que fez com a minha irmã? Isso não é justo. A gente recorreu, porque não tem como. Sai de lá revoltadíssima! Passei mal. Tô sem chão”, relatou, ainda abalada depois do resultado, a irmã da vítima, Fernanda Monteiro.


“Era uma pessoa que corria atrás, tanto é que estava se preparando para cursar enfermagem. Ela atuava como cuidadora de idosos. Tirou a carteira de habilitação, comprou o carro, era uma guerreira”, contou uma amiga na época do crime.

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