A Câmara de Vereadores adiou para 17 de março a votação do parecer técnico do TCE/RJ que rejeitou as contas do prefeito Renato Bravo relativas ao exercício de 2018. A votação estava inicialmente marcada para esta sexta-feira, 6/3. Até concluir a votação, a pauta do Legislativo ficará trancada e nenhuma votação poderá ocorrer no plenário.
O adiamento da votação das contas deve-se a um pedido de vistas feito pelo líder do governo, Christiano Huguenin, previsto no Regimento Interno da Câmara. Ele terá cinco dias úteis, a contar da próxima segunda-feira, 9/3.
O pedido de vistas foi aprovado pelo plenário da Câmara, por 10 votos a nove. Votaram a favor do pedido os vereadores Alcyr Fonseca, Janio Carvalho, Luiz Carlos Neves, Isaque Demani, Naim Pedro, Nami Nassif, Vanderleia Abraçe Essa Ideia, Christiano Huguenin, Carlinhos do Kiko e Márcio Damazio.
Foram contrários os vereadores Dr. Luis Fernando, Jhonny Maicon, Joelson do Pote, Marcinho do Alto, Cascão, Nazareth do Geninho, Zezinho do Caminhão, Wellington Moreira e Professor Pierre.
O vereador Norival Spindola só chegou à Câmara quando o pedido de vistas já tinha sido votado. O presidente da Câmara, Alexandre Cruz, só teria direito a voto em caso de desempate.
Huguenin justificou o pedido de vistas: ele afirma que a presidência da Comissão de Orçamento e Finanças, embora tenha elaborado um parecer técnico datado de 12/2 ratificando o entendimento do TCE, só teria tentado dar ciência a ele sobre o referido conteúdo esta semana, a menos de 2 dias da votação. O líder do governo frisou que o Regimento Interno assegura o pedido de vistas, argumento aceito e acatado pela maioria dos vereadores presentes à sessão desta sexta-feira.
Os opositores foram unânimes nas críticas ao pedido de vistas. Eles entendem que foi uma manobra protelatória do governo municipal e de seus aliados.
Caso a Câmara mantenha o parecer do TCE/RJ rejeitando as contas do exercício de 2018, o prefeito Renato Bravo poderá ficar inelegível.