Responsável pelo atendimento de pacientes de 13 municípios da Região Centro-Norte Fluminense, o Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, poderá ter a situação agravada logo no início de 2017. Isto porque, questões burocráticas estão impedindo a compra de remédios e alimentos para atender seus pacientes e, no segundo caso, também os funcionários.
Em menos de dois meses, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/Rio) determinou o adiamento das licitações para compras tanto de alimentos como de medicamentos. Caso, o órgão fiscalizador não libere a realização dos editais em novembro, para que as licitações sejam realizadas em dezembro, o hospital público entrará em inevitável colapso a partir do início de janeiro.
ALIMENTOS – O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou nesta quinta-feira, 27, que a Prefeitura de Nova Friburgo faça o adiamento sine die do edital para a compra de alimentos para pacientes e funcionários do Hospital Municipal Raul Sertã. A licitação está estimada em R$ 8.029.112,40, pelo período de um ano, e ficará adiada até que o governo municipal cumpra determinações do tribunal.
REMÉDIOS – Em setembro, o TCE havia determinado também a suspensão de duas licitações para a compra de 525 medicamentos e materiais de laboratório para a rede hospitalar do município, orçadas em R$ 49,4 milhões.
O material seria o suficiente para abastecer, pelo prazo de um ano, o Hospital Raul Sertã e a Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro, além de outros programas de saúde. O TCE entende que as licitações não atendem ao princípio da economia de gastos.