PROJETO AVENTURA ANIMAL JÁ FEZ. PELO MENOS, 14 REGISTROS –
Uma onça-parda (Puma concolor) voltou a ser flagrada por armadilhas fotográficas no município de Nova Friburgo, dentro do território do Parque Estadual dos Três Picos, maior parque estadual do Rio de Janeiro.
O animal, símbolo da unidade de conservação administrada pelo Inea, é o segundo maior felino do continente americano e está ameaçado pela expansão da interferência humana em seu habitat natural.
As imagens foram registradas por uma das 20 armadilhas fotográficas espalhadas pelo território do parque na cidade da Região Serrana. No último ano e meio, foram 14 registros da onça-parda nessa área, de pelo menos quatro indivíduos diferentes.
Segundo o Inea, esses registros são extremamente importantes para a observação e identificação de espécies e indivíduos.
Através das armadilhas é possível descobrir a quantidade de animais no local, seus hábitos alimentares e até mesmo se são animais solitários ou que vivem em grupo.
Além disso, a presença da onça-parda no território demonstra a existência de um ecossistema equilibrado e saudável dentro da unidade de conservação.
A onça-parda é a espécie que mais chega na borda das residências. A proximidade é tamanha, que o fundador do projeto Aventura Animal (que dispõe de várias câmeras de monitoramento na região), Juran Santos, constatou, através da observação das imagens coletadas, que a existência de uma trilha dentro da mata, por exemplo, não interferiu na frequência desses animais. No Pico do Caledônia, no Parque Estadual dos Três Picos, há registros de onça-parda na trilha feita por visitantes.
“Um grupo de três pessoas estava descendo a trilha à noite, depois de ver o pôr do sol e passou pela câmera às 20h20. Pouco antes deles, às 20h05, a onça-parda havia parado em frente à mesma câmera, respirou em cima, marcou território e saiu da trilha. Quinze minutos depois que o pessoal desceu, ela entrou na trilha mais acima e apareceu em outra câmera, subindo”, relatou Juran.