Gaeco/MP e Draco fazem operação contra desvio de R$ 8 milhões em agências bancárias na Região Serra na RJ

13/06/2024 08:12:48
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ALVOS SÃO ACUSADOS DE ESTELIONATO, LAVAGEM DE DINHEIRO E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA –


por assessoria de comunicação do MPRJ –


O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) da Polícia Civil cumprem, na manhã desta quinta-feira, 13/6, quatro mandados de prisão e dez de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa voltada para a prática de lavagem de dinheiro e fraudes bancárias em grande escala.


O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça seis pessoas pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.


Entre os denunciados estão dois gerentes de uma instituição bancária, localizada em Petrópolis, que teve prejuízo de R$ 8 milhões causados pelo grupo criminoso. Os crimes aconteceram entre os anos de 2019 e 2020.


Os mandados da operação Shell Company obtidos pelo GAECO/MPRJ foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas e são cumpridos na capital (Barra da Tijuca) e em Petrópolis (Itaipava, Corrêas e Nogueira). A pedido do MPRJ, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 8 milhões em desfavor dos denunciados.


A análise das quebras bancária e fiscal foi feita pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil. A operação conta com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).


GRUPO CRIMINOSO CRIOU HOLDING PARA LAVAR DINHEIRO
A investigação revelou que os recursos financeiros da organização criminosa foram canalizados para uma holding criada com o propósito de controlar 11 empresas fictícias, as quais foram utilizadas para lavagem de dinheiro. Os gerentes atestaram indevidamente fatos falsos como verdadeiros – documentação falsa e atividade empresarial supostamente desenvolvida – e abriram contas para as empresas de fachada. As contas foram utilizadas para respaldar empréstimos milionários e diversas vantagens junto à instituição financeira.


De acordo com o GAECO/MPRJ, durante os anos de 2020 e 2022 os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A análise do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram alvo do mesmo grupo.


Shell Company significa companhia de fachada. É o termo em inglês para as empresas sem atividade verdadeira, sendo apenas uma ferramenta para esconder a verdadeira atividade (financeira ou ilícita mesmo) desempenhada.

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