THIAGO PAMPOLHA DIZ SER VÍTIMA DE “RETALIAÇÃO POLÍTICA” DE CLÁUDIO CASTRO –
O vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha (MDB), disse que sua exoneração da secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade foi “retaliação política” do governador do estado, Cláudio Castro (PL).
Segundo ele, o fato estaria ligado à sua saída do União Brasil e filiação ao MDB. A exoneração foi publicada no Diário Oficial esta semana e pode mexer com o quadro político em vários municípios do RJ, inclusive em Friburgo.
“A única coisa que realmente faz sentido é a tese da retaliação política pelo governador não compreender a movimentação partidária”, disse Pampolha.
“Ele achou por bem me afastar da secretaria e não me apresentou qualquer motivo de falta de entregas, não me apresentou qualquer motivo de desvio, de mudança, qualquer coisa que pudesse fazer eu entender essa medida política. Por não compreender a movimentação partidária que foi feita na minha troca no momento que eu resolvi deixar a União Brasil, ficar sem partido, e logo em seguida me inserir nos quadros do MDB. Acredito que esse tenha sido um dos motivos pela não compreensão do governador nesse momento”, acrescentou.
A relação entre Cláudio Castro e Thiago tem se deteriorado nos últimos meses. Segundo fontes do Palácio Guanabara, Castro teria ficado descontente recentemente com a decisão de Pampolha de sair do União Brasil e migrar para o MDB, no começo do ano. O governador, inclusive não foi à filiação de Pampolha em fevereiro. Outra irritação de Castro, segundo fontes, também aconteceu em janeiro quando 11 pessoas morrerem por conta das fortes chuvas que atingiram a capital fluminense e a Baixada.
Pampolha afirmou que, atualmente, a relação com o governado do RJ “é institucional e administrativa” e que ele pode ser afastado da função de secretário, mas que Castro não pode exonerá-lo do cargo de vice-governador.
“Nós seguiremos o caminho diferente, divergente do que ele tem feito. Que a gente possa realmente trazer para a população aquilo que ela espera no momento em que elegeu uma chapa vitoriosa no primeiro turno. Então, seguirei aqui, coordenando os trabalhos. Naquilo que eu for chamado para conduzir, certamente estarei à disposição do governador. Mas em relação ao campo político, nós não estamos mais alinhados.
‘Em relação ao campo político, não estamos mais alinhados’, diz vice do RJ sobre Castro
Ao comentar sobre a disputa eleitora de 2026, com a possibilidade de Cláudio Castro deixar o governo do estado para concorrer a uma vaga no Senado e Pampolha assumindo o cargo de governador.
“Nós vamos analisar com muito critério no momento em que a gente assumir o que vai ser feito, de que forma nós vamos poder dar continuidade ao trabalho, do que está sendo exitoso e do que está sendo conduzido pelo atual governador. O que estiver mal direcionado ou o que estiver tendo uma necessidade maior de uma mudança de caminho, nós não hesitaremos de assim proceder, de fazer realmente as mudanças que sejam necessárias para que o governo do Estado esteja à altura da que a população espera de nós”, disse.