Governo federal cobra devolução de Auxílio Emergencial da Covid-19 recebido indevidamente

09/10/2025 10:02:51
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NO ESTADO DO RIO, MAIS DE 12 MIL NOTIFICAÇÕES JÁ FORAM EMITIDAS –


O governo federal começou a cobrar a devolução de R$ 478,8 milhões recebidos de forma indevida por 177,4 mil famílias durante o pagamento do Auxílio Emergencial — benefício criado na pandemia de Covid-19.


As notificações estão sendo enviadas desde março pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).


QUEM PRECISA DEVOLVER
Devem restituir os valores as pessoas que apresentaram inconsistências nos critérios de elegibilidade, como:
. vínculo formal de trabalho;
. recebimento de benefício previdenciário;
. renda familiar acima do limite permitido;
. ou outras situações que caracterizam pagamento indevido.


As mensagens são enviadas por SMS, WhatsApp, e-mail e pelo aplicativo Notifica, priorizando casos de maior valor ou maior capacidade de pagamento, conforme regras do Decreto nº 10.990/2022.


QUEM ESTÁ ISENTO DA COBRANÇA
A devolução não se aplica a famílias em situação de vulnerabilidade. Ficam fora da cobrança:
. beneficiários do Bolsa Família;
. pessoas inscritas no Cadastro Único;
. quem recebeu menos de R$ 1,8 mil;
. famílias com renda per capita de até dois salários mínimos;
. ou renda mensal total de até três salários mínimos.


COMO FAZER A DEVOLUÇÃO
O pagamento deve ser feito pelo sistema Vejae, via PagTesouro, com as opções de PIX, cartão de crédito ou boleto bancário (GRU).


Segundo a diretora do Departamento de Auxílios Descontinuados do MDS, Érica Feitosa, o prazo para quitação é de 60 dias a partir da notificação, com possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, sem juros nem multa, e parcela mínima de R$ 50.


“O sistema garante o direito de defesa, permitindo que o cidadão apresente recurso se discordar da cobrança. É importante que todos acessem a plataforma e verifiquem sua situação”, afirmou Érica.


O QUE ACONTECE SE NÃO PAGAR
Quem não devolver o valor dentro do prazo poderá ter o nome inscrito na Dívida Ativa da União e no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados), além de ficar sujeito à negativação em órgãos de proteção ao crédito.


ESTADOS COM MAIS NOTIFICAÇÕES PARA DEVOLUÇÃO
São Paulo: 55,2 mil famílias;
Minas Gerais: 21,1 mil;
Rio de Janeiro: 13,2 mil;
Paraná: 13,2 mil.

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