A imagem ilustrativa da capa do livro “Os Jesuítas e o Rio de Janeiro”, que será lançado no Colégio Anchieta esta semana reproduz uma cena do Brasil Colônia retratada no pano de boca do Teatro do Colégio Anchieta – uma relíquia do início do século passado. A pintura reproduz o encontro de José de Anchieta com Mem de Sá e seu filho, Estácio de Sá, no Rio, para que o jesuíta convencesse os índios a auxiliar no combate aos invasores franceses.
Com renda revertida para a Casa dos Pobres São Vicente de Paula, a noite de autógrafos está marcada esta sexta-feira, 21 de agosto, às 19h, no saguão da Entrada Principal do Colégio Anchieta. Os livros serão vendidos por R$ 30 reais cada – esse é o patamar inicial: quem tiver interesse pode aumentar o valor da doação.
Fruto de uma parceria da Editora PUC-Rio e do Colégio Santo Inácio, o livro visita a memória do interior do estado ao estudar as fazendas que abasteciam o Colégio dos Jesuítas, instalado no Monte Castelo, nos primórdios da cidade do Rio de Janeiro. Um exemplo é a Fazenda de Macacu, também conhecida como Fazenda Papucaia, que nasceu de uma sesmaria doada aos padres em 1571.
O autor, Cesar Augusto Tovar da Silva, pesquisador e professor de História do Colégio Santo Inácio, foi contratado pela Companhia de Jesus para desenvolver este trabalho em função das comemorações pelos 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro. “Os jesuítas tentaram voltar a produção dessa fazenda para a policultura e para a criação de gado, mas elas não vingaram. Ao perceberem que a terra era boa para o cultivo da mandioca, voltaram-se a essa atividade e a Papucaia tornou-se a mais importante fazenda do Colégio na fabricação de farinha”, diz ele.
Por Marcia Savino