Ela não era conhecida em sua terra natal, Nova Friburgo, mas, em Vitória, capital do Espírito Santo, era idolatrada. Em terras capixabas, Ester Mazzi era conhecida como a “musa do jazz”.
Cantora e compositora conhecida pelo timbre único de voz, a friburguense Ester Mazzi, faleceu aos 71 anos, em Vitória, na madrugada da última segunda-feira, 11. Ela tinha mais de 40 anos de carreira e gravou cinco discos, o último deles “Filigrana”, lançado em 2010. Além do trabalho de 2010, sua discografia já conta com “Explicação” (1990), “Notícias de Paris” (1992), “Tardes” (2003) e “Olhos de Mar” (2005).
Nascida em fevereiro de 1945, em Nova Friburgo, Ester foi para o Espírito Santo aos três anos de idade. Segundo o jornalista e agitador cultural Rubinho Gomes, Mazzi foi um grande talento. “Ela era uma referência e uma pessoa que viveu intensamente a música, sobretudo a música produzida no Estado”, ressalta.
Ela era considerada pelo músico João Gilberto “a voz mais caliente do Brasil”. Pelas redes sociais, amigos e fãs da obra da cantora prestaram suas homenagens à musa do jazz. Para o subsecretário de Cultura do Estado, José Roberto Santos Neves, Mazzi “é a voz do jazz e do samba-canção capixaba: intimista, elegante, sofisticada. Ouvi-la cantando é a melhor forma de homenageá-la”, recomenda.
Para o pianista Pedro Alcântara, que regravou o clássico “Notícias de Paris” no disco “Alma Capixaba”, a cantora era uma “figura ímpar de talento único”.