PROMOTORIA DE JUSTIÇA DIZ TER PROVAS ROBUSTAS CONTRA O GOVERNADOR, QUE NEGA ACUSAÇÃO –
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação dos mandatos do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB). A manifestação foi apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) nesta quarta-feira, 3/4.
A ação foi movida pela coligação de Marcelo Freixo (PT), que foi adversário de Castro na eleição estadual de 2022. A base dela era uma investigação por falta de transparência em pagamentos de servidores na Fundação Central Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Serviços Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj). O escândalo ficou conhecido como “folhas secretas de pagamentos”.
O parecer, assinado pelas procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, classifica os pagamentos da Ceperj como uma “drástica deformação institucional”.
Para o MP Eleitoral, houve um “arranjo estruturado” para o cometimento de “práticas abusivas” em ano eleitoral, com “inequívoca interferência sobre o processo”, já que a chapa Castro-Pampolha acabaria sendo eleita – ainda em primeiro turno, com 59% dos votos válidos.
O parecer ainda cita que o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) identificou pagamentos para mais de 1 mil pessoas ligadas a diretórios partidários municipais e estaduais, além de pessoas já falecidas.
O governo do RJ disse que a defesa de Castro “confia na Justiça Eleitoral” e acredita que será “respeitada a vontade” dos que votaram nele. “É lamentável que o então adversário Marcelo Freixo não aceite, passado um ano e meio do processo eleitoral, a decisão soberana da população fluminense”, afirmou.