Texto: Redação / Foto: Anderson Frez
A saúde é o calcanhar de Aquiles de qualquer governante no país. Em Nova Friburgo, não é diferente. Foi, é e será a principal prioridade de qualquer gestor público. Contudo, para se garantir a melhoria dos serviços nos próximos anos, só existe uma solução: aumentar substancialmente os recursos provenientes da União para atender a rede pública de saúde do município.
A constatação está no relatório de finanças dos municípios divulgado pelo governo estadual. O levantamento faz um ranking dos valores per capita repassados pelo governo federal para os municípios e concluí: Município polo do Centro-Norte Fluminense e responsável por atender a demanda das cidades vizinhas, Nova Friburgo recebe apenas R$ 560 por ano (R$ 46,60 por mês) para cada um dos 184 mil habitantes.
Entre as 12 cidades da região, aliás, Nova Friburgo só tem um repasse per capita maior do que Cachoeiras de Macacu (R$514). O valor recebido anualmente por cada município da região por habitante é o seguinte: Bom Jardim (R$ 580), Cordeiro (R$593), Sumidouro (R$646), Cantagalo (R$685), Duas Barras (R$694), Carmo (R$ 706), Trajano de Moraes (R$811), São Sebastião do Alto (R$846), Santa Maria Madalena (R$ 895) e Macuco (R$1.110).
O sistema público municipal friburguense só não entrou em colapso total por estar sendo financiado nas últimas décadas pelos recursos próprios da Prefeitura. No ano passado, por exemplo, a Prefeitura investiu 39% da sua receita na rede pública de saúde, índice muito superior aos 15% obrigatório previsto na legislação. E ainda assim, como se sabe, percentual insuficiente para atender a grande demanda da sociedade que não tem como pagar um plano de saúde.
Para tentar reverter este quadro de desequilíbrio, o prefeito Rogério Cabral e o secretário municipal de Saúde, Luiz Fernando Azevedo, estiveram esta semana no Ministério da Saúde pleiteando, mais uma vez, o aumento da transferência de recursos federais para a rede municipal, em especial para o Hospital Raul Sertã.