Operação prende quadrilha de traficantes na Região Serrana

13/01/2023 17:55:45
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UM DOS LÍDERES DA FACÇÃO COMANDO VERMELHO TENTOU FUGIR DE TERESÓPOLIS PARA FRIBURGO, MAS FOI PRESO DIAS ANTES –


O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) realizou, nesta sexta-feira, 13/01, uma operação em Teresópolis para cumprir 13 mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão, contra traficantes de drogas do Complexo PPR, formado pelas comunidades do Perpétuo, Pimentel e Rosário.


No domingo, 8/1, um dos líderes da facção (e foragido do sistema prisional) nas três comunidades teresopolitanas tentou sair do município com destino a Nova Friburgo, “ficando pelo caminho”. Ele foi preso. O traficante de 41 anos ainda tem 13 anos da pena a cumprir.


OPERAÇÃO STONE – Pela primeira vez em uma investigação do GAECO/MPRJ, foram utilizados drones para identificar os criminosos e suas ações delitivas nas comunidades citadas. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Teresópolis e a operação está sendo realizada com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal.


As investigações apontaram que Robson Francisco da Costa, conhecido como “Cavalo”, chefe da facção criminosa Comando Vermelho em Teresópolis, mesmo preso no Complexo Penitenciário de Bangu, mantém o controle, domínio e liderança das atividades do grupo, inclusive aproveitando-se para estabelecer, dentro do presídio, novas conexões para a expansão do domínio territorial do bando.


O traficante reforçou, dentro do cárcere, laços de parceria e cooperação com integrantes do Comando Vermelho que atuam no Complexo da Penha, localizado na capital. Depoimentos colhidos ao longo da investigação mostram que criminosos oriundos da Penha, além de serem responsáveis pelo transporte de drogas e armas para Teresópolis, estariam treinando os traficantes do município serrano, fato comprovado pelo aumento significativo do número de confrontos armados com a polícia ocorridos no Complexo PPR, além das fartas apreensões de crack, que giraram em torno de 200 mil pedras, durante o ano de 2022.


“A violência empregada pelos integrantes do Comando Vermelho contra as forças de segurança ficou ainda mais evidenciada a partir de evento ocorrido no dia 18 de maio de 2022, quando três equipes de policiais militares se dirigiram à comunidade do Perpétuo, com o intuito de apurar denúncia sobre a existência de elementos armados e, em plena luz do dia, foram recebidos a tiros, tendo um policial militar sido baleado”, aponta um dos trechos da denúncia.


Desta forma, a pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo determinou que “Cavalo” seja transferido para um presídio federal, fora do estado do Rio de Janeiro, e colocado sob o Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê a permanência do presidiário em cela individual, com limitações ao direito de visita e ao direito de saída da cela.

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